Construção do ginásio de esportes do Universitário não tem previsão de término

2015-04-10_190211

Obra que começou em 2013, foi paralisada em 2015 porque a prefeitura não cumpriu prazos e está com certidão negativa, que trancou o repassse de verbas

A comunidade do bairro Universitário, através da Associação dos Moradores, reivindica a construção de um Ginásio de Esportes no local desde 2009. Depois de conseguirem dar andamento no projeto, com terreno doado e obtenção de verba pública advinda do Ministério dos Esportes, a obra que começou em 2013 já está há dois anos paralisada e sem previsão de término. O espaço está localizado na Rua Ulisses Roman Ross, próximo da Escola Municipal Ernesto Dornelles, e inclusive seria usado pelos alunos nas aulas de Educação Física.
O vereador Marcos Barbosa é idealizador da obra, e desde o início do andamento tem buscado verbas para a construção. Ele admite que a conclusão pode levar alguns anos para ser finalizada. Segundo o parlamentar, a construção foi paralisada por falta de verba da prefeitura para a contra partida-, processo normal em uma obra realizada com verba pública.
“Perdemos em torno de R$ 500 mil de verba do Ministério, conquistados com a ajuda de dois deputados, e agora trabalhamos para recuperá-las. No início deste ano conseguimos R$ 250 mil de verba de um deles, que foram depositados na conta da prefeitura há algumas semanas. Temos dois anos para usar a quantia, se não o dinheiro volta e perdemos novamente”, afirma. “As crianças praticam as atividades na rua, quando tinham que estar dentro do ginásio”, salienta.
Barbosa ainda lamenta o fato de faltar em torno de R$ 800 mil para terminar a estrutura da obra, entre a parte de cima e o subsolo de garagens. “Temos apenas 40% da obra finalizada e precisamos conseguir verbas de deputados. Infelizmente não temos previsão de término. A população precisa entender essa situação e que não é rápido construir. Estamos realizando reuniões com a comunidade para explicar a situação. Meu objetivo como vereador é ver esse ginásio concluído”, garante.
O parlamentar constata que encontra dificuldades em dialogar com o prefeito. “O Guilherme Pasin é uma pessoa que não aceita a opiniões. Ele te ouve, diz que sim, mas não leva em consideração. A prefeitura não informa nem sobre os gastos do município”, protesta. “A prefeitura não tem interesse em executar esta obra”, acrescenta.
Ainda segundo o Barbosa, o ex-presidente da Associação de Moradores, Francismar Donida, não aguentou a pressão popular e no final do ano passado, optou não mais disputar o cargo. “A população começou a culpar o Francismar pelo fato da obra não ser finalizada, e por pressão da comunidade ele optou por não concorrer de novo”, diz.
Em 2015, a construção do Ginásio foi noticiada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura. Na ocasião, Pasin visitou a obra, que estava para entrar na etapa da colocação do piso e do telhado, mas para isso dependia do valor liberado pela Caixa Econômica Federal, que não pode sem a certidão negativa da prefeitura.
O gerente da Caixa Econômica Federal, Luís Carlos Vedovelli, informou a perda em julho, de R$ 243,7 mil para o Ginásio. “Passados mais de 18 meses da assinatura de contrato, a prefeitura não enviou sequer o projeto da obra para utilizar o recurso. O contrato foi extinto, devido ao não atendimento dos prazos estabelecidos pela Caixa para a liberação do recurso”, explicou.
No mesmo ano, foi confirmado a perda de mais de R$ 10 milhões de recursos para obras no município, desde 2016. Além do Ginásio de Esportes do Bairro Universitário, os outros projetos que perderam as verbas foram: o Centro de Alto Rendimento; Biblioteca Pública na Praça Centenário e Construção de Cozinhas Comunitárias .