Brasileiros já pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos nesse ano
Em 2021, os brasileiros já pagaram mais de um R$ 1 trilhão em impostos, segundo registrou o impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) da última quinta-feira (26). Em 2020, esse total de pagamento de impostos, taxas e contribuições foi alcançado somente em 27 de junho. Na contra mão da tendência nacional, Bento Gonçalves tem queda considerável, na arrecadação de impostos, uma baixa que chega a 39,7%.Em 2021, segundo o Impostômetro, o município arrecadou, entre 1º de janeiro e 27 de maio, o valor de R$ 44.554.316,30.
Na comparação com o ano passado, neste mesmo período, Bento Gonçalves tinha arrecadado o total de R$ 73.815.295,69. Os números representam uma queda arrecadatória de 39,7%, uma de diferença de quase R$ 30 mi. Segundo a Prefeitura, o maior montante de recolhimento de impostos, até o momento, é em relação ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que havia colocado aos cofres públicos municipais, até esta segunda-feira (24), o montante de R$ 30.236.889,39.
Últimos anos
Apesar da queda registrada na comparação com o ano passado, os números se mantêm estáveis em relação aos dois anos anteriores. No período de 1º de janeiro a 27 de maio, em 2019, a arrecadação foi de R$ 42.583.109,94, uma arrecadação 4,5% menor. Em 2018, esse número era ainda mais baixo R$ 34.656.351,89, ou seja, 22,7% menos do que a arrecadação nesses primeiros cinco meses desse ano.
Receitas em alta
Segundo a secretária de finanças, Elisiane Schenato, o total das receitas (incluindo transferências constitucionais, patrimonial, de serviços e outras receitas) do município, desde o início do ano, foi de R$ 206.652.907,05. “Não houve queda de arrecadação em 2021, relativo a 2020. Mesmo que o mês de maio não esteja finalizado, ainda assim a arrecadação de 2021, trazida à valores presentes, é no mínimo 5,4% maior, até este momento, trazendo os valores arrecadados em 2020 a valores presentes”, aponta.
No ano passado, neste mesmo período o município tinha arrecadado, no total de receitas, o montante de R$ 192.833.638,61. Vale lembrar que o Impostômetro considera todos os valores arrecadados a título de tributos, pelo somatório, apenas, das arrecadações tributáveis municipais. Apesar da queda apresentada pela ferramenta disponibilizada da ACSP, Elisiane avalia que houve aumento, se considerar outros fatores. “Com relação aos impostos e transferências, a média de acréscimo percentual está na casa dos 7%, também em valores reais”, afirma.
Mais impostos
Em nota, Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, afirmou que esse índice “já aponta que os contribuintes brasileiros devem pagar mais dinheiro para os cofres públicos neste ano do que pagaram em 2020 e, até mesmo, em 2019, época sem pandemia”. Segundo Solimeo, “várias prestações de serviços e o comércio estão sendo muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos cresceram bastante também”, como exportações e vendas em supermercados. No caso dos mercados, a arrecadação continua a subir devido à alta procura e aumentos dos preços dos produtos.