Até quando os formigamentos pelo corpo são normais?

2015-04-10_190211

Formigamentos não são coisa do outro mundo: no dia a dia, podemos experimentar isso em diferentes partes do corpo sem que a sensação esteja relacionada a alguma doença. Pode acontecer nas mãos quando batemos o cotovelo, nos membros inferiores quando ficamos com as coxas cruzadas ou ainda nas pernas quando permanecemos um tempo prolongado em uma cadeira dura ou até mesmo no vaso sanitário.
Nessas situações, o formigamento é fruto de uma compressão externa causada por um trauma ou superfície dura. Um processo natural. No entanto, quando essa queixa se torna persistente ou recorrente, é importante procurar um médico para investigar possíveis problemas de saúde.
Entre as principais doenças que podem estar por trás de um formigamento mais frequente estão as neurológicas e ortopédicas. Um bom exemplo são os quadros de compressão mecânica dos nervos.
Quando a compressão ocorre na altura do punho temos a chamada síndrome do túnel do carpo. Quando ocorre na região cervical, podemos ter uma hérnia de disco ou a síndrome do desfiladeiro cérvico-torácico. Ambas pedem tratamento.
Outras possíveis causas de formigamento são as infecções (caso da hanseníase), intoxicação por metais, toxinas ou drogas, deficiências de vitaminas (tiamina e vitamina B12), doenças metabólicas (diabetes, insuficiência renal…) ou, ainda, enfermidades que atingem o sistema nervoso, como esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré.
Os problemas de caráter vascular não são causas comuns de formigamento, mas, quando acontece uma obstrução à passagem de sangue nas artérias, ocorre deficiência de oxigênio e nutrientes nos nervos dos braços e pernas, o que pode desencadear sintomas como a sensação de dormência nos membros. Entre as doenças vasculares associadas a isso estão os quadros de embolia e trombose arterial.
Na embolia arterial, coágulos se desprendem do coração ou de grandes artérias e se deslocam em direção aos vasos dos braços ou das pernas. Pessoas com alguns tipos de arritmia (como fibrilação atrial) ou doenças em válvulas cardíacas estão mais sujeitos.