Estrutura na Rua Assis Brasil começou a ser derrubada em 2 de dezembro e muda cenário urbano no Centro. As duas delegacias de polícia devem ser as próximas a serem removidas
A demolição do presídio que funcionou por mais de cinco décadas no centro de Bento Gonçalves teve início nesta semana, encerrando um período de abandono que se estendia desde 2019. O prédio, localizado na Rua Assis Brasil, vinha sendo alvo de críticas constantes devido à deterioração e ao impacto urbanístico em uma das áreas mais movimentadas da cidade.
O serviço está sob responsabilidade da empresa DD Vargas Terraplanagem, de Novo Hamburgo, contratada pelo Governo do Estado. O trabalho começou oficialmente em 2 de dezembro de 2025 e deve ser concluído em até 45 dias, conforme o contrato de R$ 330.875,30.
Estrutura abandonada desde 2019
O antigo Presídio Estadual foi desativado em 1º de novembro de 2019, quando 385 detentos foram transferidos para a nova penitenciária na Linha Palmeiro. Construído na década de 1970, o prédio tinha capacidade original para cerca de 100 vagas, mas operou por mais de meio século enfrentando superlotação, rebeliões e problemas de segurança. Entre os episódios marcantes, está a rebelião de 8 de maio de 2014, que ganhou repercussão estadual.
Desde a desativação, a estrutura ficou sem uso e se tornou motivo de preocupação para moradores e comerciantes, que defendiam a remoção do prédio para permitir novos projetos na área central.
Mais demolições na área
O terreno ao lado do antigo presídio, onde funcionam duas delegacias de polícia, também deverá passar por mudanças. As unidades serão desativadas e, conforme planejamento do Estado, deverão ser demolidas após transferência para a nova sede da Polícia Civil.
Nova Central de Polícia no bairro Planalto
As quatro delegacias de Bento Gonçalves serão realocadas para a nova Central de Polícia, em construção na Rua Costa e Silva, no bairro Planalto. O edifício de seis pavimentos recebe investimento de R$ 10,9 milhões do Governo do Estado e já ultrapassou os 3 mil m² de área construída.
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A obra é executada pela empresa F&F Engenharia e Construção, com fiscalização da 16ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2026. O projeto inclui auditório para 50 pessoas, elevadores e rampas de acessibilidade, além de estrutura dimensionada para futuras ampliações.
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A demolição do presídio marca o encerramento de um dos capítulos mais longos da história carcerária da cidade e abre espaço para a requalificação urbana do centro.
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