Impacto do tarifaço dos EUA na economia brasileira é menor que o previsto

Impacto do Tarifaço dos EUA na Economia Brasileira é Menor que o Previsto

44,6% das exportações sofrem sobretaxa máxima de 50%; diversificação de mercados atenua efeitos da guerra tarifária

Dois meses após a implementação do aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, o impacto na economia brasileira tem sido menor do que as estimativas iniciais indicavam. Assim, empresas brasileiras conseguiram se adaptar rapidamente. Contudo, alguns setores enfrentam desafios severos.

De acordo com monitoramento realizado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), baseado em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 44,6% dos produtos da pauta de exportações brasileira sofrem o impacto máximo de 50% de sobretaxas. Além disso, outros 29,5% estão sujeitos a sobretaxas menores. Portanto, apenas 25,9% dos itens permanecem isentos.

Commodities lideram produtos com sobretaxa máxima

Commodities como café, carne e açúcar compõem o grupo com alíquota máxima de 50%. Assim, essas categorias possuem maior flexibilidade para redirecionar suas exportações para mercados alternativos. Portanto, o impacto das tarifas tem sido mitigado pela diversificação.

Embora as exportações setoriais tenham enfrentado redução significativa em destinos tradicionais, a diversificação dos mercados tem sido uma resposta comum. Dessa forma, produtores brasileiros buscam novos compradores.

Setor madeireiro demite mais de 4 mil trabalhadores

Por outro lado, setores mais vulneráveis à sobretaxa enfrentam desafios maiores. Assim, madeira, móveis e equipamentos industriais sofrem com acúmulo de estoques. Além disso, há elevação de custos e demissões em massa.

Estima-se que o segmento madeireiro tenha dispensado mais de quatro mil trabalhadores até o momento. Portanto, este é um dos setores mais prejudicados pela guerra tarifária.

Distribuição das sobretaxas no território brasileiro

No território brasileiro, as exportações para os EUA atingidas por algum tipo de sobretaxa somam 74,1%. Assim, isso inclui commodities e outros produtos como ferro fundido, aviões e suco de laranja.

Além das sobretaxas de até 50%, existem tarifas setoriais específicas previstas na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio dos EUA. Portanto, produtos considerados críticos para a segurança nacional sofrem taxação adicional.

Aço, alumínio e cobre enfrentam tarifas de até 50%. Além disso, automóveis e autopeças têm sobretaxa de 25%. Dessa forma, esses produtos representam cerca de 9,8% da pauta exportadora brasileira.

Exportações crescem no ano, mas caem em agosto

As exportações brasileiras para os EUA registraram crescimento de 1,6% entre janeiro e agosto em comparação ao ano anterior. Contudo, em agosto houve queda de 18,5%. Assim, isso indica maior impacto da medida no segundo semestre.

No setor de máquinas e equipamentos, os EUA representaram 26,9% da pauta exportadora em 2024. Contudo, a queda nas vendas ainda não comprometeu integralmente o desempenho do segmento. Dessa forma, empresas do setor estão reestruturando canais de exportação para outros mercados internacionais.

Estratégias para amenizar efeitos das sobretaxas

Diversos setores têm se mobilizado para amenizar os efeitos das sobretaxas. Assim, há articulações junto ao governo dos EUA para isenções. Além disso, empresas estudam realocações produtivas para países da América Latina.

O impacto econômico da guerra tarifária tende a ser mais severo para segmentos fora das commodities. Portanto, há implicações nos níveis de emprego e na capacidade produtiva nacional. Dessa forma, isso requer monitoramento contínuo e estratégias de ajuste comercial.

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