O golpe da videochamada do WhatsApp voltou a crescer e já provoca prejuízos milionários ao permitir que criminosos acessem contas bancárias das vítimas durante compartilhamentos de tela.
Como funciona o golpe
De acordo com pesquisa da empresa de cibersegurança ESET, publicada em 5 de novembro, golpistas iniciam o contato por meio de uma videochamada inesperada no WhatsApp. Em seguida, eles se passam por atendentes de bancos ou por supostos agentes de suporte da Meta.
Usando engenharia social, os criminosos criam sensação de urgência e afirmam que a conta da vítima estaria comprometida. Assim, solicitam que o usuário compartilhe a tela do celular, recurso incorporado ao aplicativo em 2023. Em outras situações, exigem a instalação de programas como AnyDesk ou TeamViewer.
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Acesso a senhas e contas bancárias
Quando a vítima compartilha a tela, os golpistas passam a visualizar tudo o que é digitado, incluindo senhas, dados bancários e códigos de autenticação em dois fatores. Dessa forma, o golpe da videochamada do WhatsApp permite que criminosos façam transferências e esvaziem contas.
Um dos casos mais graves ocorreu em Hong Kong, onde uma vítima perdeu o equivalente a R$ 3,69 milhões em poucos minutos.
Medidas de segurança da Meta
Para tentar conter o golpe, a Meta implementou alertas de segurança acionados por inteligência artificial. O aviso surge durante o compartilhamento de tela e recomenda que o usuário só o faça com contatos de confiança. A empresa afirma também que baniu até 8 milhões de contas maliciosas e removeu mais de 21 mil páginas falsas que imitavam serviços de suporte ao consumidor.
Especialistas reforçam que o WhatsApp nunca solicita compartilhamento de tela para resolver problemas de conta. Além disso, nenhuma instituição financeira realiza atendimento desse tipo por chamada de vídeo.
