A intnernet está “definindo” o que é ser homem para adolescentes e resultado preocupa

Jovens homens navegando em redes sociais estudando masculinidade

A internet tem se tornado um espaço decisivo na construção da identidade masculina entre adolescentes brasileiros.
Com algoritmos que direcionam conteúdos de forma personalizada, os jovens passam horas expostos a mensagens que reforçam estereótipos tradicionais.

Para muitos meninos, a rede social não oferece caminhos claros sobre como ser homem, e sim demonstrações de comportamentos a evitar.
Segundo especialistas, isso pode gerar confusão, baixa autoestima e percepção distorcida da masculinidade.

Três reações dos homens na internet

Pesquisadores identificam três respostas predominantes entre os homens online.
A primeira é a reação defensiva, em que grupos discutem e reafirmam visões tradicionais de masculinidade, como os fóruns da filosofia “red pill”.
A segunda é a reação performática, quando homens reconhecem problemas da masculinidade tradicional e afirmam estar em processo de desconstrução, embora ainda naveguem entre discursos contraditórios.
O terceiro ponto é o dilema dos adolescentes de 10 a 17 anos, que recebem mais mensagens negativas do que positivas, sem referências claras de masculinidade saudável.
Projetos como o Meninos, coordenado por Tiago Koch, buscam proporcionar caminhos construtivos e educativos para esses jovens.

Impactos na autoestima e comportamento

Estudos nos EUA indicam que 73% dos meninos entre 11 e 17 anos veem conteúdos sobre “masculinidade digital”, incluindo brigas, musculação e formas de ganhar dinheiro.
Esse tipo de material está ligado a menor autoestima e maior solidão, além de dificultar a expressão de emoções como medo ou tristeza.
Além disso, 91% dos jovens visualizam mensagens sobre aparência corporal, o que aumenta a pressão para modificar o corpo e o visual.

Algoritmos reforçam padrões problemáticos

Grande parte desses conteúdos não é buscada pelos adolescentes, mas entregue pelos algoritmos das redes sociais.
Esses mecanismos normalizam discursos problemáticos, moldam comportamentos e formam um vocabulário próprio sobre masculinidade, que circula entre diferentes plataformas.

Educação e caminhos positivos

Especialistas defendem ações educativas diretas, com conteúdos que mostrem diferentes formas de ser homem.
Segundo eles, a ausência de narrativas positivas contribui para que muitos jovens recebam apenas mensagens que desumanizam ou criminalizam a masculinidade.

A internet, portanto, tem grande influência na construção da identidade masculina, mas conteúdos limitantes e pressurizadores geram impactos preocupantes na saúde emocional e no comportamento dos adolescentes.

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