Queijo Colonial da Serra Gaúcha busca selo de origem no INPI

A receita do Queijo Colonial foi trazida pelos imigrantes europeus e, desde então, mantida viva entre gerações,

Projeto coordenado por Danilo Cavalcanti Gomes quer garantir a Indicação Geográfica para o produto símbolo das colônias da Serra Gaúcha

Identidade regional

O Queijo Colonial da Serra Gaúcha é mais do que um alimento típico; além disso, representa a herança cultural e o modo de vida das famílias coloniais que moldaram a história da região. Agora, produtores locais, sob a coordenação do médico veterinário e mestre em Ciência Animal Danilo Cavalcanti Gomes, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS (Seapi), unem esforços para garantir à iguaria um reconhecimento oficial — a Indicação Geográfica (IG).

A iniciativa, conduzida por Gomes como Coordenador do Projeto de Indicação Geográfica do Queijo Colonial da Serra Gaúcha da  Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS (Seapi) , juntamente com Emater e Sebrae, busca assegurar que o produto receba o selo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Por isso, o registro é considerado fundamental, pois valoriza o saber-fazer local, fortalece a identidade cultural e protege o queijo de imitações.


O caminho do reconhecimento

A Indicação Geográfica é um reconhecimento legal que protege produtos vinculados a um território específico, resultado da interação entre fatores naturais, humanos e tradicionais. De acordo com Danilo Cavalcanti Gomes, o processo de obtenção do selo é complexo; ainda assim, é essencial para valorizar o trabalho dos produtores da Serra Gaúcha.

Nesse sentido, a conquista da IG envolve seis pilares fundamentais:

  1. Definição do produto e do território: é preciso identificar claramente o produto — neste caso, o queijo colonial — e delimitar a área geográfica onde ele é tradicionalmente produzido.

  2. Características únicas: as qualidades do queijo devem estar diretamente ligadas ao solo, ao clima e às práticas culturais da região.

  3. Organização dos produtores: a criação de uma associação ou cooperativa garante representatividade e consenso entre os produtores.

  4. Documentação técnica e histórica: o projeto reúne registros que comprovam a tradição do queijo e estudos científicos que relacionam o produto ao território.

  5. Normas de produção e controle de qualidade: um caderno de especificações definirá padrões de produção e fiscalização.

  6. Registro no INPI: a etapa final, que oficializa o reconhecimento da Indicação de Procedência ou da Denominação de Origem.


Tradição e futuro

A receita do Queijo Colonial foi trazida pelos imigrantes europeus e, desde então, mantida viva entre gerações, preservando a autenticidade do modo artesanal. Produzido com leite fresco, ele representa o trabalho e o talento das famílias rurais — em especial das mulheres — que sustentaram essa tradição nas cozinhas das colônias.

Com isso, o selo da Indicação Geográfica garantirá proteção legal e reconhecimento nacional. “A IG é a chave para preservar a história e valorizar a cultura da Serra Gaúcha, garantindo qualidade e autenticidade”, destaca Gomes.


Impactos econômicos e sociais

O movimento em torno da IG não é apenas técnico, mas também estratégico para o desenvolvimento regional. A Indicação Geográfica traz benefícios concretos que vão muito além do reconhecimento formal:

  • Valoriza o produto: diferencia o queijo no mercado e agrega valor à produção.

  • Desenvolve a região: gera empregos e renda para as famílias rurais.

  • Preserva a tradição: protege o modo artesanal de produção.

  • Atrai turismo: transforma queijarias em destinos de interesse cultural e gastronômico.

  • Garante proteção legal: assegura que apenas o verdadeiro Queijo Colonial da Serra Gaúcha use o nome.


União e identidade coletiva

O projeto liderado por Danilo Cavalcanti Gomes estimula a cooperação entre produtores, técnicos, universidades e órgãos públicos. Assim, o objetivo é comum: reconhecer o Queijo Colonial da Serra Gaúcha como símbolo da identidade regional e do desenvolvimento sustentável da Serra.

Além disso, o projeto concorre na Consulta Popular 2025 para obter recursos que impulsionarão a certificação e estruturação da cadeia produtiva.
A comunidade pode participar votando na Proposta 04, de forma simples e online, entre 6 e 10 de outubro.

Para votar, acesse:
👉 https://w.app/consultapopular
ou https://vota.rs.gov.br

Dessa forma, cada voto fortalece a caminhada rumo à valorização do queijo colonial e ao reconhecimento de um verdadeiro patrimônio da Serra Gaúcha.

Por fim, mais que um selo, a Indicação Geográfica representa um brinde à história, à cultura e ao sabor que moldaram gerações — fortalecendo o orgulho de uma comunidade que mantém viva sua essência por meio do queijo.

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