PIB do Brasil cresce 0,4%, atinge recorde histórico mas desacelera no 2º trimestre

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Atividade de informação e comunicação é um dos destaques do setor de serviços.Economia atinge maior patamar da série histórica, mas indica menor ritmo de crescimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, atingindo o valor de R$ 3,2 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 2 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ter alcançado o maior patamar desde 1996 e registrar o 16º trimestre consecutivo de crescimento, o resultado representa uma forte desaceleração em relação à alta de 1,3% observada nos três primeiros meses do ano.

 

Fatores da desaceleração

 

Segundo a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a desaceleração é um efeito esperado da política monetária restritiva, que mantém juros elevados. Atividades como a Indústria de Transformação e a Construção, que dependem de crédito, são as mais afetadas por esse cenário.

 

Desempenho dos setores

 

O setor de Agropecuária, que foi o destaque no primeiro trimestre do ano, registrou queda de 0,1%. Essa retração, no entanto, foi compensada pelo crescimento dos setores de Serviços e Indústria, que avançaram 0,6% e 0,5%, respectivamente. Na ótica da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 0,5%, enquanto o Consumo do Governo recuou 0,6% e os Investimentos caíram 0,2%. A Agropecuária, apesar da queda no trimestre, acumula alta de 10,1% em 12 meses, impulsionada pelas safras recordes de soja e milho.

 

Consumo das famílias sustenta o crescimento

 

Rebeca Palis explica que o crescimento do PIB foi sustentado principalmente pelo consumo das famílias e pelo setor externo. A especialista destaca a resiliência do mercado de trabalho, o aumento dos salários e as políticas de transferência de renda do governo como fatores que impulsionam o consumo. As projeções de mercado, que esperavam um crescimento de 0,3% no trimestre, foram superadas. O governo, através da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE), revisou a projeção de crescimento do PIB para 2,5% em 2025.

 

Impacto na vida do gaúcho

 

A desaceleração do PIB, em parte causada pela política de juros altos, pode afetar o acesso ao crédito para a população e empresas de Bento Gonçalves e da Serra Gaúcha. Isso pode dificultar financiamentos para a compra de imóveis ou para a expansão de negócios locais, como a indústria moveleira e o setor vitivinícola. O bom desempenho da Agropecuária em nível nacional, no entanto, é um ponto positivo para a economia regional, que tem forte base no agronegócio. Por outro lado, o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos em produtos brasileiros, que ainda não foi sentido, pode vir a afetar as exportações da região.

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