Resultados preliminares de um estudo mostram que a rapamicina pode diminuir o envelhecimento dos ovários em 20% sem que as mulheres experimentem nenhum dos efeitos colaterais que o medicamento pode ter
O estudo Validating Benefits of Rapamycin for Reproductive Aging Treatment (Vibrant), que contou com 34 participantes de até 35 anos, mostrou que a rapamicina pode diminuir o envelhecimento dos ovários em 20% sem que as mulheres experimentassem nenhum dos 44 efeitos colaterais que o medicamento pode ter (náuseas leves, dores de cabeça, pressão alta e infecções, por exemplo).
As participantes relataram, ainda, melhorias em sua saúde, memória, níveis de energia e na qualidade de sua pele e cabelo.
“Os resultados deste estudo – o primeiro na história da humanidade – são muito, muito animadores. Isso significa que aqueles com problemas de fertilidade relacionados à idade agora têm esperança quando antes não tinham”, disse Yousin Suh, professor de ciências reprodutivas e de genética e desenvolvimento na Universidade de Columbia, um dos responsáveis pelo levantamento
De acordo com os especialistas, os ovários liberam óvulos continuamente, mas as mulheres perdem cerca de 50 por mês, com apenas um atingindo a ovulação. Uma pequena dose semanal de rapamicina desacelera os ovários, então eles liberam apenas 15 óvulos por mês. Suh e Zev Williams, professor associado de saúde da mulher e chefe da divisão de endocrinologia reprodutiva e infertilidade no Centro Médico Irving, da Universidade de Columbia, estimam que isso diminui o envelhecimento dos órgãos em 20%.
O estudo seguirá para a fase 2. A Vibrant apresentará um relatório em dois anos e incluirá mais de mil mulheres.