Exercícios de respiração controlada influenciam diretamente a frequência respiratória, mostrando efeitos calmantes mais efetivos em situações imediatas
Um novo estudo randomizado conduzido por cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, relatou que três diferentes exercícios respiratórios de cinco minutos por dia podem ser mais benéficos para a saúde mental do que do que o mesmo período de meditação mindfulness.
A descoberta foi publicada na revista Cell Reports Medicine no último dia 10 de janeiro. O estudo sugere que os exercícios respiratórios podem ser uma ferramenta de saúde mental mais potente do que a meditação.
Respirando fundo
Estudos de respiração anteriores mostraram que as inalações geralmente aumentam a frequência cardíaca, enquanto as exalações a diminuem. “A respiração controlada influencia diretamente a frequência respiratória, que pode causar efeitos calmantes fisiológicos e psicológicos mais imediatos, aumentando o tônus vagal durante a expiração lenta. Embora a meditação da atenção plena [mindfulness] possa diminuir o tônus simpático a longo prazo, esse não é seu objetivo principal ou um efeito agudo esperado”, relatam os autores.
Participaram da 108 voluntários e foram avaliadas três técnicas respiratórias: suspiros cíclicos, que enfatizam exalações prolongadas; respiração em caixa, que é a mesma duração de inalações, retenções de respiração e exalações; e hiperventilação cíclica com retenção, com inspirações mais longas e expirações mais curtas.
Todos os dias, os participantes relataram seu humor e sinais vitais, incluindo frequência cardíaca, frequência respiratória e sono. Aqueles que passaram cinco minutos trabalhando em sua respiração todos os dias mostraram maior alívio do estresse no final do mês, com melhorias diárias em sua saúde mental e fisiológica.