Rio Grande do Sul decreta emergência em saúde pública pelo aumento de SRAG

2015-04-10_190211
    1. O governo do Rio Grande do Sul decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças de até cinco anos, cuja taxa de hospitalizações praticamente dobrou nos últimos dias

      Números Gerais da SRAG no RS

      • Até o meio-dia do domingo, 18 de maio de 2025, foram registradas 4.099 internações por SRAG no estado em 2025

      • A maior preocupação é com crianças até 5 anos, que apresentam aumento significativo nas hospitalizações recentes

      • Porto Alegre, capital do estado, está em nível de alerta para crescimento dos casos, com 95% de probabilidade de alta nas próximas semanas, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz

      • Em Porto Alegre, crianças de 0 a 4 anos respondem por 42,3% das notificações, e idosos com 60 anos ou mais por 36% dos casos

      • A ocupação dos leitos hospitalares na capital está acima de 100%, com superlotação em unidades de pronto atendimento e hospitais de média e alta complexidade

      Medidas e Impacto do Decreto

      • O decreto, válido por 120 dias a partir da publicação no Diário Oficial do Estado (prevista para 20 de maio), facilita a contratação de profissionais, compra de insumos e busca de financiamento federal para ampliação de leitos SRAG, especialmente para pacientes com problemas respiratórios

      • Porto Alegre já havia decretado emergência em saúde pública na sexta-feira, 16 de maio, com validade inicial de 90 dias e possibilidade de prorrogação conforme indicadores epidemiológicos

      • A medida visa ampliar a capacidade de atendimento da rede de saúde para proteger os grupos mais vulneráveis, especialmente crianças e idosos

      Situação por Cidades

      • Informações detalhadas por cidades além de Porto Alegre não foram encontradas nas fontes oficiais recentes, mas o decreto estadual abrange todo o RS, permitindo que municípios adotem ações emergenciais conforme a demanda local

      • A capital Porto Alegre é a localidade com dados mais detalhados e situação mais crítica reportada até o momento

      Sintomas que caracterizam SRAG (para vigilância)

      • Febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos, dispneia ou desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação de oxigênio ≤ 94% em ar ambiente, coloração azulada dos lábios ou rosto3.

    2. Situação do Rio Grande do Sul: O Rio Grande do Sul está entre os 15 estados que apresentam incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
    3. Aumento significativo de casos: O crescimento de casos de SRAG na região Centro-Sul do país, que inclui o Rio Grande do Sul, está em franco aumento, chegando a patamares de incidência de moderado a muito alto nas faixas etárias de jovens, adultos e idosos.
    4. Situação em Porto Alegre: Porto Alegre está entre as 14 capitais com incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. A cidade apresenta aumento de casos de SRAG em todas as faixas etárias.
    5. Principais vírus circulantes: Nas últimas 4 semanas epidemiológicas no Brasil, a prevalência entre os casos positivos foi de 30,1% de Influenza A, 0,7% de Influenza B, 55,3% de vírus sincicial respiratório (VSR), 16,1% de Rinovírus, e apenas 2,6% de COVID-19.
    6. Impacto por faixa etária: A principal causa de mortalidade por SRAG nos idosos é o vírus da Influenza A, que já ultrapassou a Covid-19. Nas crianças pequenas, o VSR permanece como a principal causa de mortalidade por SRAG, seguido pelo rinovírus e pela Influenza A.

    Pontos de destaque para a reportagem local:

    1. Alerta para a população: Os casos de SRAG na população de jovens, adultos e idosos, geralmente associados à Influenza A, seguem em franco crescimento em muitos estados do país, incluindo o Rio Grande do Sul.
    2. Recomendações de saúde pública: Embora o boletim não apresente recomendações específicas para a Serra Gaúcha, pode-se destacar a importância da vacinação contra a Influenza A, especialmente para idosos e grupos de risco, além das medidas preventivas como uso de máscaras em locais fechados com aglomeração.
    3. Contexto regional: Seria importante destacar que a região Sul do país está entre as mais afetadas pelo aumento de casos de SRAG associados à Influenza A, o que requer maior atenção da população da Serra Gaúcha.
    4. Dados complementares: No ano epidemiológico de 2025, já foram registrados 3.167 óbitos de SRAG no Brasil, sendo que nas últimas 4 semanas, 63,7% dos óbitos positivos foram causados por Influenza A, o que demonstra a gravidade da situação atual.