Fumaça branca acaba de sair da chaminé da Capela Sistina sinalizando a eleição do 267º pontífice da Igreja Católica. Momentos depois, o cardeal francês Dominique Mamberti apareceu na sacada central da Basílica de São Pedro para fazer o anúncio tradicional.
“Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam! Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Petrum, Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Parolin, qui sibi nomen imposuit Paulum Nonum”, proclamou o cardeal protodiácono às 22:13, horário local (17:13 no Brasil).
O cardeal italiano Pietro Parolin, de 70 anos, que serviu como Secretário de Estado do Vaticano durante o papado de Francisco, foi eleito no terceiro dia do conclave, após sete rodadas de votação. Ele escolheu o nome de Paulo IX em homenagem ao Papa Paulo VI, um dos grandes reformadores da Igreja no século XX.
Cerca de 20 minutos após o anúncio, o novo Papa apareceu na varanda para sua primeira bênção Urbi et Orbi, vestido com as tradicionais vestes papais brancas. Uma multidão estimada em mais de 100 mil pessoas na Praça São Pedro recebeu o anúncio com aplausos entusiasmados e gritos de alegria.
A eleição de Parolin marca o retorno de um italiano ao papado após 47 anos. O último pontífice italiano foi João Paulo I, que serviu por apenas 33 dias em 1978. Desde então, a Igreja teve um papa polonês (João Paulo II), um alemão (Bento XVI) e um argentino (Francisco).
Como secretário de Estado desde 2013, Parolin foi considerado o “número dois” do Vaticano e liderou os esforços diplomáticos da Santa Sé, incluindo acordos históricos com a China e mediações em conflitos internacionais. Sua experiência diplomática e proximidade com as políticas de Francisco o tornaram um dos favoritos entre os 133 cardeais eleitores.
Os analistas destacam que a escolha de Parolin sugere continuidade com as reformas iniciadas por Francisco, enquanto seu perfil como diplomata experiente pode ajudar a Igreja a navegar pelos complexos desafios geopolíticos atuais.
A cerimônia de instalação do Papa Paulo IX será realizada no domingo, 18 de maio, na Praça São Pedro, com a presença esperada de líderes mundiais e representantes de outras denominações religiosas.