Em plena era digital do Pix e cartões virtuais, os brasileiros ainda compensaram 137,6 milhões de cheques no último ano
O uso dos cheques no Brasil resiste ao avanço da tecnologia nos meios de pagamento. Mesmo com o Pix e os cartões virtuais, os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques no ano passado, segundo levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Mas o número de cheques compensados no país tem caído a cada ano. Em 2024, houve redução de 18,4% em relação ao ano anterior. Já comparando a 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda chega 95,87%.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, que pode ser recebido em dinheiro ou depositado em outra agência.
Valor alto
Os números também mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix, complementa o diretor. “No ano passado, o tíquete médio do documento foi de R$ 3.800,87 ante R$ 3.617,60 de 2023″, diz.
Já o Pix, lançado em novembro de 2020, deverá crescer 58,8% em 2024, em relação a 2023, e movimentar R$ 27,3 trilhões. Projeção da Febraban mostra ainda que o número de transações da ferramenta também deverá apresentar expansão de 52,4%, chegando a 63,7 bilhões de operações. Em quatro anos, já somam 121,5 bilhões de transações, atingindo R$ 52,6 trilhões.