Workshop sobre a doença ‘Podridão Olho de boi’ das maçãs confirma: é necessário mais pesquisa!

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Workshop sobre Podridão Olho de boi ressalta a importância de pesquisas mais profundas sobre a doença

 

Uma das principais doenças da cultura da macieira no Sul do país é a podridão “olho de boi”, conhecida como Pezícula. Ela é responsável por perdas de até 20% no período final da armazenagem dos frutos, que corresponde a cerca de 50 mil toneladas de maças por safra.
A doença foi identificada no Brasil em 1999, quando instituições de pesquisa e ensino iniciaram pesquisas sobre as características do causador da podridão, bem como a epidemiologia e definição de táticas no manejo da doença. A Embrapa Uva e Vinho, buscando apoiar o setor produtivo no controle, a Agapomi e a Proterra Engenharia Agronômica promoveram o evento 1º Workshop sobre a Podridão Olho de Boi nas Maçãs, que aconteceu na Câmara da Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços de Vacaria – CIC Vacaria dia 23 de agosto.
Segundo a pesquisadora e uma das coordenadoras do evento, Rosa Valdebenito Sanhueza, no encontro palestrantes apresentaram todo o conjunto de informações obtidas nos últimos 18 anos de estudos, visando orientar técnicos e produtores, desde as fases iniciais até a pós-colheita. “A principal dificuldade para o manejo da doença, que também causa morte nos esporões das macieiras, reside no fato do patógeno estar presente nos ramos e gemas durante todo o ciclo da cultura e também nos frutos, independentemente das aplicações de fungicidas”, complementa a especialista.
Os pesquisadores concluíram durante o evento de que a maior parte das pesquisas foram feitas até 2008, e que falta uma pesquisa básica e aplicada para melhorar o controle dessa doença.
O I Workshop sobre a ‘Podridão olho de Boi’ em maçãs teve o apoio da Epagri, UCS, UDESC, Monsanto e Associação dos Agrônomos de Vacaria (ASAV). A realização foi da Agapomi, Proterra e Embrapa Uva e Vinho.