WhatsApp adia fim do app em celulares antigos

2015-04-10_190211
O encerramento ocorreria na sexta-feira do dia 30 de junho, mas alguns deles foram programados para ocorrer apenas em 2020

O WhatsApp adiou o fim do funcionamento do aplicativo em celulares com sistemas operacionais antigos ou com baixa adesão ao sistema. O encerramento ocorreria na sexta-feira do dia 30 de junho, mas alguns deles foram programados para ocorrer apenas em 2020.

Novas datas de encerramento:
BlackBerry OS e BlackBerry 10: 31 de dezembro de 2017;
Nokia S40: 31 de dezembro de 2018;
Nokia Symbian S60: 30 de junho de 2017;
Windows Phone 8.0 e versões anteriores: 31 de dezembro de 2017;
Android 2.3.7 e versões anteriores: 1º de fevereiro de 2020
O único modelo que continuou na lista e deve parar de poder acessar o WhatsApp é o iPhone 3GS, que roda o sistema operacional iOS 6.
O WhatsApp informa que, ainda que não vá encerrar imediatamente o suporte para as esses sistemas, alguns recursos podem parar de funcionar “devido a não desenvolvermos ativamente para estar plataformas”.
“Estas plataformas possuem certas limitações que nos impedem de expandir nossos recursos no futuro. Caso você seja usuário de alguma destas plataformas, e queira continuar utilizando o WhatsApp, nós recomendamos que troque seu aparelho por um mais atual”, informa o aplicativo de mensagem.

Código de Defesa do Consumidor
Essa é a segunda vez que o WhatsApp adia o fim do serviço nesses sistemas, marcado inicialmente para 2016.
Em junho, a Proteste havia notificado o Facebook, dono do WhatsApp. A associação de defesa do consumidor contestava a decisão, que classificou de “obsolescência programada”. “É um desrespeito ao consumidor, especialmente por quem opta por utilizar um aparelho mais antigo, uma vez que o acesso ao serviço de telefonia é provido por todas as operadoras do país.”
Para a Proteste, o encerramento vai contra o Código de Defesa do Consumidor, que, em seu artigo 39, enquadra quem “recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento”.
A oferta do serviço deveria ser feita, afirma a Proteste, enquanto o aparelho funcionar.
A associação contesta ainda o argumento do WhatsApp de que algumas das plataformas em que o app deixará de funcionar já não atendem muitos usuários – o índice chega a 0,5%.
“Mesmo que seja uma parte ínfima do total, não se pode forçar o consumidor a consumir um novo aparelho, o que entendemos ser um desrespeito ao CDC e ao consumidor”, afirmou Henrique Lian, diretor de relações institucionais da Proteste.