Vazaram seus dados na internet?

2015-04-10_190211

Saiba o que fazer para proteger seu CPF e informações bancárias

Após o vazamento de dados dos CPFs de milhões de brasileiros, ocorrido no último dia 19 de janeiro, muita gente agora se pergunta se está entre as vítimas. Informações como nome completo, data de nascimento e CPF de 220 milhões de brasileiros, que é mais do que a população do país, hoje em 211,8 milhões de habitantes, segundo o IBGE, por haver dados de pessoas falecidas na lista.
Foram exibidos também dados de 104 milhões de veículos, como número de chassi, placa, município, cor, marca, modelo, ano de fabricação, cilindradas e até mesmo o tipo de combustível utilizado. E, ainda, informações de 40 milhões de empresas, contendo CNPJ, razão social, nome fantasia e data de fundação.
Os dados foram publicados por um criminoso em um fórum on-line que comercializa bases de dados pessoais. Munidos desses dados, os hackers podem usar a identidade das pessoas para enviar mensagens falsas personalizadas às vítimas com cobranças fantasmas, ou tentar se passar por elas em operações de crédito ou interações com empresas.
A prevenção, nesse caso, é difícil porque, ao que tudo indica, os criminosos tiveram acesso à base de dados de uma ou mais empresas ou instituições. A pessoa física não tem meios de prever um ataque dessa magnitude, mas pode atuar de forma a prevenir vazamentos em sua conduta de dia a dia.
Veja as melhores práticas recomendadas por especialistas:
Atenção ao uso de seus dados pessoais
Só se deve informar dados pessoais que sejam estritamente necessários aos contratos e compras que estejam sendo feitas.
Desconfie de exigências de dados a mais
Desde um cadastro em loja física ou num aplicativo, suspeite de pedidos de permissões exagerados, como apps que pedem acesso à câmera mas que nada têm a ver com fotos, ou softwares de delivery que peçam a sua renda, entre outros.
Estude as regras e termos dos serviços
É importante ficar atento ao tema proteção de dados e procurar examinar quais são as regras dos sites e aplicativos que você mais usa em relação à privacidade. A Apple, por exemplo, já tem etiquetas e indicadores do que cada aplicativo faz com seus dados, o Android tem um menu de permissões para os apps, e assim por diante. É preciso ler com calma os termos e não ir clicando no Eu Aceito ou Eu Concordo sem olhar.
Atenção ao internet banking
Com o aumento do home office, cada vez mais fazemos operações bancárias de forma remota, mas ainda não temos uma cultura robusta de proteção de dados. Por isso, cuidados básicos são jamais compartilhar log-in e senha com terceiros, verificar se o nome de domínio do endereço web está correto, além de, se no ambiente seguro, o cadeado ao lado dele está fechado, indicando criptografia.
Cautela com o WhatsApp
Atualmente, muito da comunicação com os gerentes de bancos é feita pelo WhatsApp. É importante não fornecer documentos ou senhas por lá, pois golpes podem ser feitos a partir daí. Aliás, essa dica vale para qualquer comunicação via WhatsApp ou e-mail, com amigos e família também. Evite ao máximo expor seus dados assim.
Lembre-se que nenhum banco ou empresa vai pedir seus dados num e-mail ou SMS de forma súbita ou isolada. É sempre do usuário que parte a iniciativa na hora de fazer um cadastro ou inscrição on-line. Preste atenção nessas mensagens que surgem do nada, pois levam a sites falsos (phishing) que roubam seus dados uma vez digitados. Nunca clique em links enviados assim, sem um requerimento prévio do usuário.
Teste se um site é real ou não
Um site de phishing pode aceitar uma senha errada. Se for um site real, detectará o erro na hora, mas não se for uma página web falsa. Na dúvida, vale fazer um teste.