A vacina, quando pronta, deve ser oferecida para mulheres em idade fértil e seus parceiros e menores de 10 anos
Duas vacinas contra o zika vírus conseguiram passar por mais uma etapa de desenvolvimento na quinta-feira (13). O sucesso da descoberta do Instituto Evandro Chagas juntamente com instituições como a Universidade do Texas foi publicado na revista Cell. Pela primeira vez, as duas vacinas conseguiram impedir a microcefalia em camundongos.
Na pesquisa, os cientistas infectaram dois grupos de camundongos fêmeas com vacinas diferentes. Uma, de produção brasileira, usa vírus atenuado. A outra, americana, DNA recombinante. Ambas chegaram no resultado de imunizar o feto e a placenta. Entretanto, a fórmula sem o vírus precisou de reforço para ter o mesmo êxito.
A vacina, quando pronta, deve ser oferecida para o público alvo: mulheres em idade fértil e seus parceiros e menores de 10 anos. Para as gestantes, a única dose indicada é a americana. O próximo passo da vacina é obter a licença da Anvisa para fazer os estudos em humanos, com expectativa de iniciar os testes clínicos até o final do ano. Caso tudo ocorra no prazo programado, a vacina estará no mercado a partir de 2021.