Vacina da febre amarela em crianças: restrições e quem deve tomar

2015-04-10_190211

A febre amarela pode ameaçar especialmente as crianças, que estão com o sistema imunológico ainda imaturo. Só que a vacina nessa faixa etária envolve algumas medidas e restrições – que foram abordadas em detalhe num novo documento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O texto reforça que antes dos 6 meses de idade, nenhum bebê deve ser imunizado contra a febre amarela.
Entre os 6 e os 9 meses, a injeção só é autorizada com a anuência de um médico e se realmente houver necessidade (se o pequeno, por exemplo, vive em uma área de alto risco de transmissão da infecção).
Além disso, os profissionais pedem atenção com a possível interação entre a vacina contra essa doença e outras que são tipicamente administradas na infância. Mais especificamente, o ideal é não oferecer o imunizante da febre amarela simultaneamente com a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou com a tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) em pequenos com menos de 2 anos.
Assim como nos adultos, crianças e adolescentes com forte alergia ao ovo só podem receber a injeção após avaliação médica criteriosa e dentro de um ambiente com condições de atendimento de emergência. Febre, dor de cabeça ou muscular, entre outros sintomas, acometem de 2 a 5% de quem a toma.

Dose fracionada
Segundo a SBP, ela só deveria ser dada a crianças com mais de 2 anos de idade. Nas menores, preconiza-se a dose plena. Isso porque faltam pesquisas sólidas da vacina com dose fracionada especificamente com os menores de 2 anos.

As mães que estão amamentando
As mulheres que estão amamentando os menores de 6 meses, caso vivam em áreas com transmissão da febre amarela e ainda não tiverem recebido a vacina, podem receber a dose fracionada, mas devem suspender o aleitamento por dez dias depois da imunização. As mulheres nessas situações que não vivem numa região dessas devem seguir sem a vacina.
Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.