Twitter amplia diretrizes para combater discurso de ódio com base em raça, etnia ou nacionalidade

2015-04-10_190211

Essa é a terceira atualização das regras sobre propagação de ódio. Rede social vai apagar conteúdos inapropriados quando forem denunciados.
O Twitter anunciou na quarta-feira (2) novas regras para o conteúdo publicado em sua plataforma, ampliando o que é considerado conduta de ódio.
A partir de agora serão removidos conteúdos com linguagem que desumaniza as pessoas com base em sua raça, etnia ou nacionalidade quando forem denunciados.
Publicações que contenham mensagens como “ são sanguessugas e só servem pra uma coisa” ou “todos os fulanos são ratos que vivem às custas de benefícios sociais e precisam ser expulsos” serão apagados.
Essa é a terceira atualização das políticas contra propagação de ódio no Twitter.
Em julho de 2019, a rede social proibiu publicações que poderiam desumanizar as pessoas com base em religião ou casta. E, em março de 2020, foram incluídas regras sobre idade, deficiência ou doenças.
O Twitter afirmou que a expansão das regras foi feita em parceria com um conselho interno e organizações especializadas em todo o mundo, além de levar em consideração os comentários do público.
A moderação de conteúdos nas redes sociais é frequente alvo de críticas de especialistas e usuários.
Há questionamentos sobre a agilidade das remoções, sobre a consistência da aplicação de regras e, em outros casos, sobre possíveis restrições à liberdade de expressão.
O concorrente Facebook, por exemplo, montou um conselho de supervisão para anular as decisões da empresa envolvendo remoção de certos conteúdos em suas plataformas.
O Twitter disse que encoraja as pessoas a se expressarem livremente, mas que “abuso, assédio e conduta de ódio não têm lugar” em sua plataforma.
A maior parte de remoção de conteúdo nas plataformas on-line acontece por meio de inteligências artificiais, que usam parâmetros pré-definidos para indicar um comportamento abusivo.