Tratamento cirúrgico ou tratamento conservador?

2015-04-10_190211
Aline Rodrigues - Autoral Personal Trainner (CREF 024163) Especialista em Atividade Física, Saúde e Quiropraxia Mestre em Ciência do Movimento Humano

Tenho recebido diversos casos de pacientes com muitas dúvidas em relação a encaminhamentos cirúrgicos que recebem de seus médicos e especialistas. Na sua grande maioria e após uma avaliação física, antropométrica e clinica podem ser considerados precipitados e até mesmo desnecessários.
Casos de hérnias de disco lombares são campeãs nesses índices e também são nesses procedimentos os maiores incidentes de erros e sequelas irreversíveis. Também estão na lista cirurgias de joelho, quadril e cirurgias de ombros.
A maioria dos pacientes além da crença veemente na área médica beirando a religiosidade carrega consigo o desejo de cura imediata e com a promessa de uma vida sem dor sucumbem ao procedimento.
Porem, estatísticas mostram que é realmente grande o percentual de cirurgias ortopédicas que não alcançam o objetivo principal conhecido como “ Sindrome da Lombar falhada”. Ainda sobre estatística recentemente foram encontrados estudos onde houveram reabsorção da hérnia de disco após tratamento conservador multidisciplinar ( 82,94% dos casos de um estudo feito na Inglaterra por exemplo) , ou seja , métodos de descompressão e fortalecimento global do paciente .
Técnicas de Quiropraxia, Osteopatia , Fisiotrerapia clinica, Reabilitação Funcional, Pilates clinico e musculação tem se mostrado extremamente eficazes nesse fenômeno. infelizmente temos hoje, uma pequena fatia da população médica prescrevendo esses tratamentos antes da decisão cirúrgica. Não entrarei aqui em questões mercadológicas nem discutirei métodos e decisões médicas para tais procedimentos, porém os números não mentem e as pesquisas tem mostrado muito avanço nesse sentido.
Os avanços da medicina são realmente grandes no que se refere a tratamentos de patologias e doenças degenerativas mas creio que a nossa ortopedia carece de maior abertura e dialogo com profissionais do corpo e que atuam com o corpo em movimento.
Faz-se necessário um trabalho em equipe pre cirúrgico e não apenas pôs cirúrgico onde todas as técnicas sejam tentadas afim de evitar a exposição do paciente a qualquer procedimento invasivo e principalmente submeter o mesmo ao ambiente hospitalar sem real necessidade.