Trabalhar sentado aumenta barriga e eleva risco de infarto

2015-04-10_190211
Como emagrecer se fico sentada o dia todo trabalhando

Não é novidade que o sedentarismo traz muitos prejuízos à saúde. A falta de atividade física afeta nossa disposição para as tarefas diárias, aumenta o risco de problemas cardiovasculares e respiratórios e contribui, significativamente, para o ganho de peso.
Mas passar longos períodos na mesma posição pode ter um impacto bem maior do que você pensa no tamanho da sua barriga.
Essa é a conclusão de um estudo da Warwick University (Coventry -Reino Unido), que calculou com precisão o efeito direto que isso pode ter na circunferência abdominal.
Durante a pesquisa, a equipe liderada pelo Dr. Willian Tigbe monitorou por uma semana 111 trabalhadores em Glasgow, na Escócia (entre 2006 e 2007). Dentre os participantes do estudo, 55 desempenhavam funções de escritório, permanecendo sentados por longas horas. O restante realiza entregas nas ruas, movimentando-se a maior parte do tempo.
Os trabalhadores acompanhados pela equipe tinham hábitos relativamente saudáveis, não eram fumantes e apresentavam histórico familiar livre de doenças cardiovasculares ou diabetes. Ainda assim, apresentaram diferenças significativas em relação à circunferência do quadril: quem trabalhava sentado apresentava uma média de 97 cm., enquanto os que realizavam as entregas não passavam de 94 cm.
O risco de sofrer ataque cardiovascular também se mostrou maior na parcela de trabalhadores que permanecia longos períodos sentados: 2,2% contra 1,6% (entregadores). Além disso, o IMC (Índice de Massa Corporal) médio dos sedentários também se revelou quase um ponto maior. Ou seja: uma variação de quase 3 kg no peso de duas pessoas da mesma altura.
Mas o pior é que os resultados da pesquisa apontam efeitos nocivos cumulativos no caso de pessoas que passam muito tempo sentadas: a partir de cinco horas diárias na mesma posição, cada hora a mais que permanecemos assim chega a representar um aumento de aproximadamente 2cm na circunferência do quadril, além de um risco 0,2% maior de ocorrência de problemas cardiovasculares.
E a solução defendida pelo Dr. Tigbe para esse panorama preocupante é a mudança de hábitos: pelo menos 15 mil passos diários ou sete horas por dia de pé, para compensar o tempo sentado. Parece muito e para alguns, pode ser difícil seguir o conselho médico, mas não há dúvida de que adotar essa prática pode ajudar a alcançar medidas mais bem saudáveis.