Indicado ao Oscar de 2018, Touro Ferdinando é uma ótima opção para assistir com a garotada. A animação é uma releitura da obra do autor Munro Leaf, cujas ilustrações, na época de seu lançamento, foram feitas pelo americano Robert Lawson.
O livro foi lançado em 1936, nove meses antes da eclosão da Guerra Civil Espanhola e causou um alvoroço na época.
Os adeptos do ditador Francisco Franco o classificaram como um livro pacifista, sendo proibido em muitos países que adotaram modelos fascistas de governo. Por outro lado, devido a proibição por esses regimes, o pequeno romance foi promovido a condição de livro de ideologia esquerdista.
Na verdade, a mensagem de Ferdinando, o touro, é clara nos dias de hoje: não ataca nem ideologias de direita ou agencia as de esquerda. Antes de tudo, é um livro infantil que coloca em ênfase o sentimento dos animais e ressalta que a ideia da tourada, hoje em dia, é tão ultrapassada que nem parece ser real. Ao ver o filme do brasileiro Carlos Saldanha (diretor das sagas A Era do Gelo e Rio), essa ideologia direita e esquerda não chega sequer a ser cogitada.
Esta é a segunda vez que Ferdinando é adaptado às telonas. Em 1938, a história tinha se tornado um curta-metragem realizado pela Walt Disney. Assim como aquela vez, em que conquistou um Oscar na categoria, o filme irá concorrer na premiação deste ano, desta vez na categoria animação.
Sinopse
Situado na Espanha, Ferdinando é um “touro doméstico” que é criado para ser um touro de briga, mas sempre que pode foge de qualquer confronto.
Um dia, ele consegue fugir daquele ambiente e vai morar em uma fazenda, onde vive rodeado de muitas flores (as quais ele ama), da amiga Nina, do pai dela e de um cachorro, que adora chamar de “irmão”. Mas o destino leva Ferdinando, já grande e forte, mas nada valente, de volta ao criadouro e ele precisa se preparar para participar de uma grande tourada.
Oscar 2018
As demais animações com quem “O Touro Ferdinando” vai concorrer na disputa pela estatueta são: “O Poderoso Chefinho” ,”The Breadwinner” “Viva – A Vida é uma Festa” e “Com Amor, Van Gogh”.