Toque da pessoa amada faz a dor diminuir, concluem pesquisadores

2015-04-10_190211

O experimento foi feito com pelo menos 20 casais heterossexuais com idades entre 23 e 32 anos

 

Quando uma pessoa amada toca a outra, a respiração e os batimentos cardíacos sincronizam, e a dor passa. Além disso, quando o casal entrelaça as mãos, a atividade dos cérebros de ambos entra em sincronia, acoplando uma rede cerebral envolvida nas regiões ligadas à dor – e o resultado é um efeito analgésico. Foi o que concluíram pesquisadores da Universidade do Colorado, Boulder, nos Estados Unidos, em estudo publicado no periódico Scientific Reports.
Cada vez mais a ciência têm prestado atenção em fenômenos que parecem movidos pelo inconsciente, como quando duas pessoas ajustam seus passos ao andarem juntas ou ajustam a postura ao conversarem uma com a outra. Estudos recentes já constataram que quando grupos assistem filmes emocionantes ou cantam juntos, seus ritmos de respiração e batimentos cardíacos sincronizam.
O experimento foi feito com pelo menos 20 casais heterossexuais com idades entre 23 e 32 anos. A equipe liderada por Pavel Goldstein registrou um tipo único de atividade acoplada dos cérebros dos casais quando uma mulher que sentia dor dava a mão ao seu parceiro. O experimento constatou também que, além da redução da dor, o toque do parceiro ativou um mecanismo ligado à empatia.
A pesquisa, que tem atraído a atenção de cientistas do mundo inteiro, é uma das primeiras a mostrar os efeitos benéficos do toque. Segundo os autores, os resultados sugerem um possível mecanismo neurológico para o que os cientistas chamam de “analgesia do toque social”, isto é, o efeito analgésico do toque de outro ser humano.
A analgesia do toque social, segundo os cientistas, já havia sido demonstrada em outros estudos, dentre eles, um que indicou que o toque tem efeito analgésico em bebês submetidos a procedimentos médicos simples e tem efeito terapêutico na redução da dor de pacientes de câncer.
Mas, até agora, os mecanismos por trás da analgesia do toque social permanecem obscuros. “Enquanto estudos recentes destacavam o papel da empatia do observador no alívio da dor do observado, a contribuição da interação social para a analgesia é desconhecida”, escreveram os autores.
Para realizar a pesquisa, os cientistas registraram as ondas cerebrais emitidas pelos casais com eletroencefalografia externa (EGG), um sistema não invasivo que envolve a instalação de eletrodos no couro cabeludo.

Os cientistas
Segundo os autores da pesquisa, ela é coerente com estudos recentes que mostraram que os efeitos analgésicos são modulados pelos circuitos neurais corticais e subcorticais. De acordo com eles os resultados reforçam a “teoria biopsico-social da dor”, que sugere uma interação dinâmica entre fatores biológicos, fisiológicos e sociais afeta a percepção da dor.
Os mesmos cientistas já haviam trabalhado em outra pesquisa relacionada ao toque humano. No experimento anterior (publicado no ano passado) com 22 casais, a mulher também era submetida a uma dor no antebraço enquanto as ondas cerebrais de ambos os parceiros eram lidas com EEG. Os cientistas estudaram três cenários: o casal junto sem se tocar; o casal segurando as mãos; e os parceiros em salas separadas.
A simples proximidade entre os parceiros já era suficiente para produzir uma sincronia fisiológica: a respiração e os batimentos cardíacos do casal se ajustavam ao mesmo ritmo. Quando o casal se tocava, a dor era reduzida. Quando o homem não podia tocar a mulher, a sincronia aumentou. Quando ele podia tocá-la novamente, a sincronia voltava ao índice normal, e a dor desaparecia.

A cura através do toque humano

A pesquisa feita pelos cientistas norte-americanos foi apenas mais um passo na descoberta dos benefícios do toque humano. As terapias de toque são milenares – o texto médico mais antigo da Índia, a Ayurveda (1800 a.C.) já prescrevia massagens como uma forma eficiente de cura.
Para os orientais, a energia elétrica passa pelo corpo através de canais (ou meridianos). Cada meridiano tem um ponto de entrada de energia e outro de saída na superfície da pele, num esquema parecido com um mapa rodoviário. Diz-se que a pressão de um ponto no antebraço, por exemplo, reduz dores lombares. Tanto a acupressão (shiatsu, na versão japonesa) quanto a acupuntura (método com agulhas, das tradições chinesa e japonesa) trabalham nesses pontos. No shiatsu, os pontos são pressionados prolongada e fortemente pelos dedos do terapeuta. Há, no Ocidente, várias teorias sobre os efeitos dessa espécie de massagem. Uma sugere que há um aumento na atividade do nervo vago (nervo craniano que abastece o corpo de sensações), o que relaxaria o paciente. Outras defendem que a redução do estresse e dos espasmos musculares seria conseqüência de uma maior liberação de glicose, proporcionada pela potente massagem.
A acupuntura também trabalha nos meridianos, mas em vez da pressão dos polegares espeta agulhas na pele nos pontos correspondentes. O talento do acupuntor está em escolher, entre cerca de 150 pontos, os específicos para tratar o problema do paciente. Muito usada no tratamento de vícios (drogas, álcool e alimentação), essa técnica oriental também é empregada no combate à artrite e à hipertensão. O Instituto Nacional de Saúde do governo norte-americano concluiu um estudo indicando que seria um eficiente recurso contra dores. Há ainda a reflexologia, que se concentra em pressionar pontos nos pés. Esses pontos corresponderiam a vários órgãos e regiões do corpo.

Terapias manipulativas
A massagem, como a conhecemos no Ocidente, foi desenvolvida a partir dos estudos de Peter Lind, atleta e professor sueco do século XIX. Ele criou os fundamentos básicos da massoterapia (também conhecida como massagem sueca), geralmente aplicada com óleo, em pacientes deitados sobre uma mesa, no chão ou sentados numa cadeira especial. O principal efeito da massoterapia, de acordo com os praticantes, é uma sensação de bem- estar. Por que isso acontece? Segundo especialistas, a massagem sueca alivia a tensão muscular e ajuda na eliminação de células mortas e dos restos das secreções das glândulas cutâneas – resultantes de exercícios ou inatividade -–, deixando as camadas superficiais da epiderme mais nutridas e maleáveis. O fato de as glândulas sebáceas e sudoríparas se beneficiarem, por ficarem mais desobstruídas e limpas, não quer dizer, porém, que a massoterapia remova gorduras acumuladas debaixo da epiderme.
Entre outras terapias manipulativas estão a osteopatia e a quiroprática. Os osteopatas buscam o equilíbrio corporal colocando as articulações nas posições corretas, por meio de manipulações e massagem dos tecidos. Assim como a osteopatia, a quiroprática também busca o equilíbrio do sistema musculoesquelético, mas procura trabalhar com o alinhamento das 33 vértebras da coluna, que protegem grande parte do sistema nervoso. Com os nervos “liberados”, dores em várias partes do corpo desapareceriam.
A cinesiologia aplicada é outra técnica que junta as duas vertentes: propõe-se a equilibrar músculos e meridianos com falta de energia, usando reflexos neurolinfáticos e reflexos neurovasculares.
Independentemente da eficiência de todas essas terapias, a maioria dos pesquisadores concorda num ponto: um simples toque humano é um meio eficiente e barato de melhorar a sua qualidade de vida.
O toque terapêutico
Esta técnica foi trazida à nossa atenção, em 1972, como um método de cura moderna. Toque terapêutico é uma interpretação contemporânea de várias práticas antigas de cura, é um processo conscientemente dirigida de troca de energia durante o qual os praticantes usam suas mãos como um foco para facilitar a cura.
No toque terapêutico, terapeutas colocam suas mãos sobre ou perto do corpo dos seus pacientes com a intenção de ajudar ou curar. Ao fazer isso, os terapeutas acreditam que eles são o conscientemente em dirigir ou modular energias de um indivíduo através da interação com o seu campo de energia. Esse foco está em equilibrar as energias da pessoa total e estimulando a capacidade do organismo da cura natural, em vez de sobre o tratamento de certas doenças físicas.
Toque Terapêutico é baseada nos seguintes pressupostos: O ser humano é um sistema de energia aberto composto de camadas de energia que estão em constante interação com o eu, os outros, e o meio ambiente. A doença é um desequilíbrio no campo de um indivíduo de energia. Limpeza ou equilíbrio do campo de energia promove a saúde. Todos os seres humanos têm habilidades naturais para curar e melhorar a cicatrização dos outros.

Como é a sessão
Uma sessão típica dura aproximadamente 15 a 30 minutos. Você vai se sentar em uma cadeira confortável e deitar-se completamente vestido. O praticante do toque terapêutico vai começar discutindo seus objetivos para a cura. Ele ou ela irá então usar o toque de luz e / ou movimentos da mão varrendo acima da superfície da pele para avaliar e equilibrar a energia e em torno do corpo.

Os benefícios
O objetivo do toque terapêutico é proporcionar um processo de cura e restaurar a integridade e bem-estar nos níveis físico, emocional, mental e espiritual da pessoa. Eles estimulam o processo de cura do corpo natural. De acordo com textos de toque Terapêutico, os efeitos principais de toque terapêutico é uma resposta de relaxamento profundo, redução da dor e ansiedade, e cicatrização mais rápida da ferida.
Os praticantes acreditam que esta terapia promove a saúde e bem-estar e facilita o processo de morrer. Os pacientes que são submetidos à quimioterapia ou radioterapia acharam útil na redução de efeitos colaterais do tratamento, como náuseas, vómitos fraqueza ou fadiga. Outros viram reduzidos os sentimentos de ansiedade ou dor, pode também beneficiar pessoas de todas as idades e de todos os estados de saúde ou doença, bem como plantas e animais. Esta terapia é geralmente muito segura, mas as precauções devem ser tomadas com as mulheres grávidas (já que há mais do que um campo de energia), e pessoas com alguns tipos de doença mental.

Closeup of loving couple holding hands while walking at sunset