Taxa de natalidade no país cai 5% em 2016

2015-04-10_190211

Como era previsto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e constatado em dados pelo órgão, a taxa de natalidade em no Brasil caiu, em média, 5% em 2016 em relação à 2015. Em dados absolutos, nasceram um pouco menos de 2,8 milhões de bebês, quando habitualmente nascem em torno de 3 milhões de crianças brasileiras a cada ano. Ou seja, a redução foi de 151 mil em relação a 2015. Além do envelhecimento da população, a crise econômica e a epidemia do vírus zika são apontadas como causas do recuo de natalidade. O Estado que apresentou o maior recuo (10%) foi Pernambuco, justamente um dos mais atingidos pela doença e pelo surto de microcefalia nos bebês cujas mães contraíram o vírus durante a gravidez. A região que teve menor queda foi a Sul, com -3,8%. Enquanto no Centro-Oeste foi contabilizada queda de -5,6%.
O levantamento mostra ainda um aumento do número de mortes em geral no Brasil. Foram 1.270.898 óbitos em 2016, 3,5% a mais do que em 2015 e 24,7% a mais do que em 2006. Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Brayner de Oliveira, os resultados refletem as mudanças do perfil demográfico do País, com o gradual envelhecimento da população e a redução da mortalidade infantil. Em 1976, por exemplo, a parcela da população que mais morria era a de menores de 5 anos (34,7%). Hoje, a mortalidade infantil corresponde a menos de 3% dos óbitos. A proporção de mortes entre os maiores de 65 anos mais que dobrou no mesmo período, passando de 29,1% em 1976 para 58,5%, 40 anos depois.

No mundo
Em contrapartida, o movimento tem se mostrado inverso na Europa, segundo dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). Em 2016, França e Suécia foram os países europeus com a taxa de natalidade mais alta. A França liderou a lista com 1,92 filho por mulher em 2016, em comparação com 1,96 de 2015 e 2,01 de 2014. É seguida pela Suécia (1,85), Irlanda (1,81) e Dinamarca e Reino Unido (1,79 ambos). Na Alemanha, o escritório de estatísticas Destatis anunciou um aumento da natalidade em 2016 de 7% que elevou a média para 1,59 bebê por mulher, um recorde desde 1973, sobretudo graças às mulheres migrantes.