Tapando o sol com a peneira (23)

2015-04-10_190211

Na segunda-feira a noite os vereadores aprovaram a autorização para o prefeito Pasin vender 23 terrenos ou áreas de terras, sem que fosse apresentado à Câmara uma avaliação de quanto os terrenos valem no mercado imobiliário, ou sequer onde Pasin pretende utilizar esta verba. Tudo muito obscuro, como se a força da lei da transparência não precisasse ser lembrada e exigida todos os dias.
Em conta rápida somam-se as perdas de verbas oriundas do Governo Federal e Estadual por falta da tal certidão negativa que a prefeitura perdeu quando as contas de 2014 não foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
O secretário Ênio De paris, tentando jogar areia nos olhos do eleitor, mentiu descaradamente em release enviado pela assessoria de imprensa, dizendo que os cortes nas verbas de contra-partida de obras era para a prefeitura “economizar”, quando na verdade a prefeitura estava pagando a pena pela má gestão de Pasin, que se atrapalhou e não conseguiu se explicar no TCE.
Dá para enumerar muitas das “perdas” que a prefeitura insiste em dizer que é “economia” como no caso dos R$ 4,5 milhões do Centro de Alto Rendimento; dos R$ 180 mil do Centro de Especialidades em Odontologia; dos R$ 1,8 milhão da Biblioteca Pública na Praça Centenário; dos R$ 492 mil das Cozinhas Comunitárias; dos R$ 200 mil por não ter concluído o projeto como o previsto do que chamam de rua coberta; dos R$ 4,5 milhões do Centro de Alto Rendimento e dos quase R$ 500 mil do Ginásio de Esportes do Bairro Universitário, objeto de reportagem desta edição, entre tantas “perdas” desta gestão.
Outro grave problema que quase ninguém fica sabendo são as renovações de contratos através de licitações, como a do monitoramento de todas as escolas, todas as creches, todas as UBs e da Secretaria de Finanças, que encerrado o contrato em 28/06, está à descoberto, para o refestelamento dos gatunos.
Todo este patrimônio está sob risco, pelo menos por mais 30 a 60 dias, dependendo de quando vai ser assinado o contrato de renovação, já que a empresa que ganhou a licitação é a mesma.
As câmeras de monitoramento estão lá para enfeite, pois sem receber, foram desligadas e não há patrulha motorizada. Estes quase 120 dias sem contrato deve ser para “economizar” , já que não há justificativas para que o processo licitatório não estivesse pronto para ser executado dias após o término dos contratos.
Agora, até a prefeitura chamar a empresa vencedora, instalar todo o equipamento etc e tal, quem sabe a ufanista secretaria de segurança municipal se responsabilize pelo patrimônio da prefeitura, se é que tem efetivo para isto.
Boa leitura.