Sitracom articula estratégia para barrar reformas da Previdência

2015-04-10_190211
A medida também deve contribuir para aquecer a economia brasileira

Segundo o presidente da entidade, Itajiba Soares Lopes, nos dias 13 e 15 de março o sindicato participa de reuniões para debater o assunto

O Sindicato dos Trabalhadores na Construção e no Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom/bg), mostra preocupação com a possível reforma da previdência social almejada pelo presidente Michel Temer. A entidade, que conta com cinco diretores está mobilizada, junto com os trabalhadores, para tentar impedir a mudança da reforma.

O presidente do Sitracom, Itajiba Soares Lopes, destaca o trabalho desenvolvido pelo sindicato

O presidente do Sitracom, Itajiba Soares Lopes, destaca o trabalho desenvolvido pelo sindicato. “Nos dias 13 e 15 de março vamos participar de duas reuniões em Porto Alegre, justamente para discutirmos aspectos da reforma da previdência. Da maneira que está sendo colocada não tem o que discutir, porque o trabalhador será obrigado a trabalhar pelo período de 49 anos, para então consegui se aposentar. A nossa ideia é pressionar os deputados e impedir que isso aconteça”, afirma.
Lopes mostra preocupação com a ideia do governo reduzir a seguridade pessoal. “O governo pode tirar 30% da seguridade pessoal, e quem vai pagar por tudo isso é o trabalhador”, desabafa. O Sitracom/BG trabalhou nesta semana na elaboração do novo informativo com materiais sobre a reforma da previdência.
“Alertamos que os trabalhadores precisam ficar atentos, se movimentar e resistir contra essas reformas”, protesta.

Reforma da previdência e trabalhista
As primeiras reuniões de trabalho das comissões especiais das reformas da Previdência e trabalhista foram realizadas nesta semana. Nas reuniões, os relatores da reforma da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), Rogério Marinho (PSDB-RN), apresentaram os roteiros de atividades e sugestões de nomes de pessoas a serem convidadas para debater as propostas.
Os estudantes também estão preocupados com a proposta do governo Temer. Para obter a aposentadoria integral será preciso ter 65 anos de idade e 49 anos de contribuição. Com isso, os jovens terão de pagar a previdência desde os 16 anos, mas nessa idade eles ainda são estudantes. “É uma estratégia para acabar com a aposentadoria pública e fomentar a previdência privada. O interesse privado também está por trás dessa nova reforma”, afirma a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral.
“Estamos aprovando um calendário para barrar as reformas. Da maneira em que a reforma da Previdência foi apresentada fica claro que não tem como a gente tentar barganhar alguma melhora, então a intenção é barrá-la nas ruas”, acrescenta o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim.