Sistema de produção de pêssego de mesa na serra gaúcha

2015-04-10_190211

O tratamento com fungicidas deve-se iniciar após a poda e durante o inchamento das gemas

O pessegueiro é atacado por diversos patógenos, porém menos do que uma dezena são de grande importância na região da Serra Gaúcha. Caso medidas adequadas de controle não sejam tomadas, sérias perdas poderão ocorrer e comprometer economicamente a produção. O controle não deve ser restrito à aplicação de fungicidas, mas sim complementado com adoção de outras medidas visando reduzir as fontes de inóculo e o bom manejo das plantas.
O técnico da Emater, Thompson Didoné, cita três cuidados essenciais que os agricultores devem ter com os pessegueiros entre os meses de setembro a janeiro. De acordo com o técnico, é importante cuidar da planta para evitar a proliferação de pragas. “É importante fazer o raleio, poda verde e o monitoramento da mosca da fruta. Isso se faz colocando armadilhas para observar principalmente a ocorrência do inseto, praga que mais causa danos ao pêssego”, observa.
Ainda de acordo com Didoné, a colheita de pêssegos deve ser semelhante ao ano de 2016. “Entre Bento Gonçalves e Pinto Bandeira devem ter colhidos cerca de 24 milhões de quilos em cinco meses. Tudo indica que vamos ter uma safra normal. A época de maior colheita deve ser entre novembro e dezembro”, afirma.
A podridão parda é a principal doença das frutas de caroço, ocorrendo em praticamente todos os pomares, causando perdas severas, caso medidas adequadas de controle não sejam tomadas.
Sintomatologia: Duas fases de maior suscetibilidade do pessegueiro à podridão parda são amplamente reconhecidas: floração e pré-colheita. Inicialmente a infecção começa durante a fase de floração, infectando os capulhos florais, ocasionando a necrose das anteras, prosseguindo para o ovário e pedúnculo.
As infecções podem se estender internamente até o ramo, resultando no desenvolvimento de cancros, anelando-o e consequentemente ocasionando a morte da parte terminal. Flores infectadas murcham, tornam-se marrons e fixadas ao ramo por uma goma. Já durante a fase de pré-colheita, frutos infectados apresentam o desenvolvimento de lesões pequenas pardacentas que evoluem para manchas marrons com a colonização dos tecidos vizinhos pelo fungo. Frutificações acinzentadas das estruturas do patógeno são facilmente vistas no campo, sobre a podridão. Com o passar do tempo os frutos infectados tornam-se completamente cobertos de esporos, que contribuem para novas infecções no pomar.
Frutos maduros infectados pelo patógeno podem apresentar podridão visível dentro de 48 horas. Infecções quiescentes podem ocorrer nos frutos verdes, mas sua manifestação ocorrerá durante a maturação, a menos que os frutos sejam lesionados por insetos ou granizo.
O pessegueiro é atacado por diversos patógenos, porém menos do que uma dezena são de grande importância na região da Serra Gaúcha. Caso medidas adequadas de controle não sejam tomadas, sérias perdas poderão ocorrer e comprometer economicamente a produção. O controle não deve ser restrito à aplicação de fungicidas, mas sim complementado com adoção de outras medidas visando reduzir as fontes de inóculo e o bom manejo das plantas.
A podridão parda é a principal doença das frutas de caroço, ocorrendo em praticamente todos os pomares, causando perdas severas, caso medidas adequadas de controle não sejam tomadas.
Sintomatologia: Duas fases de maior suscetibilidade do pessegueiro à podridão parda são amplamente reconhecidas: floração e pré-colheita. Inicialmente a infecção começa durante a fase de floração, infectando os capulhos florais, ocasionando a necrose das anteras, prosseguindo para o ovário e pedúnculo. As infecções podem se estender internamente até o ramo, resultando no desenvolvimento de cancros, anelando-o e conseqüentemente ocasionando a morte da parte terminal. Flores infectadas murcham, tornam-se marrons e fixadas ao ramo por uma goma.
Já durante a fase de pré-colheita, frutos infectados apresentam o desenvolvimento de lesões pequenas pardacentas que evoluem para manchas marrons com a colonização dos tecidos vizinhos pelo fungo. Frutificações acinzentadas das estruturas do patógeno são facilmente vistas no campo, sobre a podridão.
Com o passar do tempo os frutos infectados tornam-se completamente cobertos de esporos, que contribuem para novas infecções no pomar. Frutos maduros infectados pelo patógeno podem apresentar podridão visível dentro de 48 horas (Fig. 1 e 2). Infecções quiescentes podem ocorrer nos frutos verdes, mas sua manifestação ocorrerá durante a maturação, a menos que os frutos sejam lesionados por insetos ou granizo.
Condições predisponentes: A sobrevivência do fungo de uma safra para outra ocorre nas múmias, pedúnculos, flores murchas em ramos e cancros. Os conídios são disseminados pelo vento e chuva e germinam rapidamente sob condições favoráveis. Epidemias de podridão parda ocorrem em tempo chuvoso. A temperatura ótima é de 25°C e o período de infecção exige um mínimo de 18 horas a 10°C e de 5 horas a 25°C.
Medidas de controle: A época de aplicação é crítica para o controle da doença durante a fase de floração. Os fungicidas devem ser aplicados quando partes suscetíveis da flor são expostas e antes ou tão logo depois da ocorrência de períodos de molhamento e temperatura favorável à infecção (Tabela 1). Os fungicidas não necessitam ser aplicados nos frutos verdes, a menos que condições de umidade favorável à infecção ocorram, ou injúrias por insetos ou granizo aconteçam.
O controle dos insetos-praga que ocasionam ferimentos nos frutos e atuam como vetores é essencial para o controle efetivo da podridão parda.
Práticas culturais como a poda de limpeza de inverno com a remoção dos frutos mumificados, capulhos florais, ramos doentes devem ser queimados, reduzindo o nível de inóculo, mas estes procedimentos sozinhos não são suficientes para controlar a doença. Práticas que reduzem o estresse por meio de adubação adequada e equilibrada evitando o excesso de nitrogênio, o déficit de potássio e evitar o falta de água no solo.
O tratamento com fungicidas deve-se iniciar após a poda e durante o inchamento das gemas efetuando tratamentos com produtos à base de cobre ou com calda sulfocálcica.
Durante a floração efetuar de um (tempo seco) a três (tempo chuvoso) tratamentos com fungicidas, dependendo das condições climáticas e uniformidade da floração, ou seja, períodos de seca e floração uniforme, menor número de aplicações. Realizar três tratamentos na fase de pré-colheita, aos 21, 10 e um dia antes da colheita. A escolha do produto deve levar em consideração o período de carência.