Sindicato dos Trabalhadores Rurais apresenta propostas para preço mínimo da uva safra 2018/2019

2015-04-10_190211
No Ministério da Agricultura, a comitiva foi recebida e apresentou propostas

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cedenir Postal, foi para Brasília, junto com comitiva para pedir aumento no preço do produto

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cedenir Postal, junto com representantes do setor vitivinícola, a pedido de agricultores foi para Brasília no início desta semana para negociar propostas para a definição do preço mínimo da uva safra 2018/2019. Na capital federal, Postal foi até o Ministério da Agricultura e Trabalho, onde participou de reunião.
O encontro, no entanto, teve entraves e não houve consenso entre as partes. O setor que representa os produtores de uva demonstraram o custo de produção (R$ 1,053), o da indústria sugeriu a manutenção dos atuais R$ 0,92 para o quilo da variedade isabel com 15 graus, enquanto a representação das Cooperativas Vinícolas propôs ajustar conforme o índice da inflação. Agora a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai definir o valor e fixar junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para posterior publicação no Diário Oficial da União (DOU). O prazo é 30 de novembro.
“Nós apresentamos a nossa proposta e as empresas apresentaram a deles bem abaixo da nossa. O secretário de política agrícola do Ministério da agricultura disse que até o final do mês definem o preço da uva, afirma.
O encontro teve a presença do diretor de Relações Institucionais do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Paviani, do diretor da Fecovinho (Federação das Cooperativas Vinícolas do RS), Hélio Marchioro, do Sindivinho (Sindicato das Indústrias do Vinho do RS), o executivo Gilberto Pedrucci, o assessor da Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura) e Associação Brasileira das Indústrias de Suco de Uva – Asbrasuco, Mário Sérgio Cardoso, bem como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves (STRBG), Cedenir Postal e o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Márcio Ferrari, com Wilson Vaz Araújo, secretário de Política Agrícola do Mapa.
Em reunião realizada na última semana no sindicato, Postal defendeu a formação de uma comissão.
“Formamos uma comissão para ir negociar com as vinícolas para que agilizem os pagamentos, porque os agricultores tem os compromissos com os insumos, financiamentos para pagarem”, diz. No decorrer da reunião, que foi marcada por questionamentos por parte dos agricultores inconformados, Postal levantou a questão da realização de contratos para garantir de forma eficiente o pagamento.
“Teria que ter feito um contrato de compra e venda da uva com prazos de pagamento. Desta forma os agricultores teriam maiores garantias de pagamento”, salientou.