Setor industrial confia na tendência de melhora da economia

2015-04-10_190211

Atividade avançou 0,2% no RS e emprego completa 14 meses de alta

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) divugou, nesta quarta-feira (08), números do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) no Estado. De acordo com os dados, a indústria gaúcha cresceu 0,2% em julho, na comparação com junho, alcançando 4,8% acima de fevereiro de 2020, patamar anterior à pandemia.
O crescimento das exportações industriais sustenta esse cenário, assim como o agronegócio, que impulsiona o complexo metalmecânico. Ao mesmo tempo, o principal fator adverso continua sendo as restrições e, principalmente, os altos custos dos insumos e matérias-primas.
Os componentes do IDI-RS apresentaram resultados distintos em julho. Caíram as horas trabalhadas na produção, 0,6%; a massa salarial real, 0,9%; e as compras industriais, 3,1%. Por outro lado, a utilização da capacidade instalada-UCI subiu 1,9 ponto percentual, atingindo 84,3%, o maior nível desde outubro de 2008; e o emprego, 0,6%, a 14ª elevação consecutiva. O faturamento real permaneceu estável, com -0,1%.
Todas as comparações anuais, seguem influenciadas pela base negativa do ano passado, com o IDI-RS de julho de 2021 superando em 13,4% o nível do mesmo mês de 2020. No acumulado dos sete primeiros meses, o avanço atingiu 17% frente ao mesmo período do ano passado, com altas intensas de 40,6% das compras industriais, de 19,8% das horas trabalhadas na produção e de 16% do faturamento real.
Em relação ao pessoal ocupado, o destaque de janeiro a julho de 2021 foi o setor de Máquinas e equipamentos, que aumentou em 19,8% as contratações. A pesquisa mostra um crescimento expressivo e disseminado. Os principais impactos positivos vieram de Máquinas e equipamentos (aumento de 37,4%), Produtos de metal (29,7%), Veículos automotores (21,9%), Químicos e refino de petróleo (10,5%) e Couros e calçados (14%).
Os resultados do IDI-RS de julho, juntamente com indicadores antecedentes do setor no Rio Grande do Sul, como a confiança empresarial elevada, indicam que a tendência é positiva também para o restante do ano. Além da normalização cada vez maior da economia, apesar da inflação elevada e juros crescentes, os problemas com os insumos e matérias-primas tendem a diminuir.