Seminário valoriza viticultores e vinícolas capacitados em Boas Práticas

2015-04-10_190211
O projeto é de longo prazo que está sendo desenvolvido desde 2012, com certificação, conceitos como qualidade, segurança básica, registros e documentação incluindo produtores rurais na inclusão da rastreabilidade

O Programa Alimentos Seguros – PAS Uva no módulo Boas Práticas Agrícolas foi criado para atender demandas exigidas pela legislação e reduzir os riscos de contaminação de produto, do trabalhador e do meio ambiente, possibilitando a implantação da rastreabilidade. O projeto foi gerenciado pelo Ibravin, com execução do Senar/RS e Sebrae/RS e Embrapa. Segundo os coordenadores do programa este projeto é um trabalho de longo prazo que está sendo desenvolvido desde 2012, com certificação, conceitos como qualidade, segurança básica, registros e documentação incluindo produtores rurais na inclusão da rastreabilidade. A coordenadora destaca que, por trás dos 171 certificados estão mais famílias que também se capacitaram, o que aumenta o alcance do programa.
160 viticultores gaúchos que foram qualificados no módulo de atualização e o aprimoramento, em 2015 e 2016, participaram, entre os dias 29 de outubro e 9 de novembro deste ano, da capacitação em tecnologia de aplicação de agrotóxicos.

160 viticultores gaúchos que foram qualificados no módulo de atualização e o aprimoramento, em 2015 e 2016, participaram, entre os dias 29 de outubro e 9 de novembro deste ano, da capacitação em tecnologia de aplicação de agrotóxicos.

Os treinamentos, realizados em formato de dias de campo, nas cidades de Antônio Prado, Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Cotiporã, Garibaldi e Monte Belo do Sul, instruíramos agricultores sobre a regulagem de equipamentos para pulverização de defensivos agrícolas. Nesse período também foram realizadas 28 reauditorias com os produtores, com objetivo de avaliar a manutenção das atividades e controles referentes às boas práticas.
Um princípio básico das boas práticas é o alinhamento ao conhecimento disponível, visando à segurança do alimento e incorporando aos sistemas de produção as tecnologias capazes de minimizar os riscos à saúde do consumidor. “Isso depende de ciência, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia”, declara Alexandre Hoffmann, pesquisador da Embrapa e um dos pioneiros por colocar em pauta o Programa de Alimentos Seguros na agenda de pesquisa da Empresa.
Da mesma forma o chefe geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Celso Zanus, acredita que o cidadão urbano, ao requerer um alimento seguro e sem contaminantes, vai demandar dos agricultores uma profissionalização da atividade, na qual o controle de pragas e doenças é bastante desafiante, sobretudo na Serra Gaúcha. “Hoje já dispomos de tecnologia, estratégias e conhecimento. Agora precisamos de evidências e certificação para conquistar o mercado interno e externo”, destacou Zanus.

1º Seminário do PAS – Uva para Processamento
José Eduardo Brandão Costa, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) abriu as palestras falando sobre a necessidade de rastreabilidade em frutas e hortaliças frescas, isto é, conhecer o histórico e o conceito de rastreabilidade para monitorar e controlar resíduos de agrotóxicos nesses alimentos.
Na sequência, o engenheiro agrônomo Carlos Frederico Alencar Ribeiro divulgou o software de rastreabilidade Agri Trace Vegetal, sistema do Instituto CNA para fins de monitoramento e controle de resíduos de defensivos agrícolas, em todo o território nacional, que atende a Instrução Normativa Conjunta ANVISA /DAS-MAPA nº 2
A fiscalização no armazenamento de agrotóxicos e o descarte de embalagens vazias, além do uso de EPIs, foi o tema sobre o qual discorreu Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários do Departamento da Defesa Agropecuária da Secretaria Agricultura Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi/RS). Para ele, a certificação mostra que os produtores estão preocupados com a legislação e a cadeia produtiva como um todo, com a produção do alimento.
Marcus Vinícius de Miranda Martins, coordenador do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável (Depros/SMC) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou as Normas da Produção Integrada, como a rastreabilidade, que exige registros em todas as fases operacionais, desde a produção até a comercialização, garantindo a certificação de procedência e qualidade. Martins ressaltou a importância de os produtores rurais manterem-se atualizados, aproveitando a oferta de cursos, como os ministrados pelo Senar e Ibravin.
Logo após o Seminário, foram entregues os certificados de Boas Práticas de Elaboração para as 12 vinícolas e os certificados de Boas Práticas Agrícolas para 171 produtores rurais que atenderam as declarações de implantação do Programa Alimentos Seguros (PAS) – Uva para Processamento.