Semana ensolarada na Serra Gaúcha

2015-04-10_190211

 

A semana será ensolarada na Serra Gaúcha. Após dias de muita chuva e tempo fechado, o sol volta a abrir na região. A temperatura deve subir aos poucos. Nesta terça-feira, 04, a mínima será de 8°C e máxima de 15°C. A manhã desta quarta-feira, 05, será gelada, com mínima de 4°C e previsão de geada. Na parte da tarde as temperaturas sofrem elevação, chegando aos 21°C. na sexta-feira, feriado de 7 de setembro, a previsão é de um dia ensolarado, com máxima de 25°C.

O clima na primavera
Em boletim atualizado em 09 de agosto, a agência americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) manteve o cenário de atual neutralidade-transição, sem o fenômeno La Niña observado no início do ano, e tendência de aumento da temperatura até o fim de 2018, com 60% de chance de formação de um El Niño na primavera e de 70% de chance de manutenção do fenômeno durante o verão 2019.
Entretanto, o próprio órgão admite que a temperatura superficial já não está tão elevada como no mês anterior. Vale lembrar que nas atualizações anteriores, a Somar Meteorologia alertava para um segundo semestre de 2018 com aquecimento superficial fraco e diferenciado. Ele acontece pelo afloramento de águas quentes que propagam de oeste para leste pelas profundezas do oceano. Atualmente, este aquecimento profundo não está uniforme. Existem áreas com águas até 5°C mais quentes que o normal e outras com temperatura 1°C abaixo da média.
No fim das contas, o Pacífico superficial ficará mais quente que o normal até o fim do ano, mas talvez, não alcance o mínimo necessário para ser considerado El Niño (cinco trimestres móveis com desvios de pelo menos +0,5°C na região equatorial central). Não é a toa que algumas previsões que no ano passado conseguiram identificar de forma mais precoce o falso alerta de El Niño estão postergando o aparecimento do fenômeno em 2018. O CCA-NOAA mostra temperatura superficial suficientemente elevada para El Niño somente a partir do trimestre Fevereiro-Março-Abril de 2019.
Outra simulação que se mostrou diferenciada no ano passado foi a LDEO, da Universidade Americana de Colúmbia. Trata-se de uma previsão com período mais curto que a CCA e com última atualização em julho. Ela, por enquanto, trabalha com a hipótese de neutralidade (viés levemente positivo) até trimestre Março-Abril-Maio de 2019. Embora pareçam diferentes, existe pelo menos uma informação semelhante: nenhuma das duas indica um retrocesso para La Niña como aconteceu no verão passado. Há, por enquanto, apenas uma tendência de postergação do aparecimento do El Niño. Por fim, também há uma informação importante com relação ao Pacífico Leste, pouco estudado pelas instituições internacionais, mas com uma significativa correlação com a chuva do centro e sul do Brasil entre o outono e primavera.
Somente nas últimas semanas, esta porção do oceano esquentou, algo que em conjunto com a Oscilação Madden Julian favorável finalmente trouxe chuva à região central do Brasil. Este aquecimento não será persistente. Simulações mantêm a hipótese de um curto período de águas menos quentes no início da primavera. Por enquanto, somente a partir de novembro deste ano é que há previsão de temperaturas persistentemente mais elevadas que o normal. Tudo isso comentado trará um regime de chuva um pouco diferente do que estamos acostumados para o Brasil em um período de El Niño clássico. Por enquanto, a Somar Meteorologia compara o segundo semestre de 2018 com o que aconteceu em igual período de 2014. Naquele ano, a chuva aconteceu de forma mais irregular sobre o país, pois a corrente de jato, ventos fortes que sustentam as frentes frias, ficou mais ao sul, levando chuva forte somente à Argentina, Uruguai e oeste e sul do Rio Grande do Sul. Nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste e nos Estados do Paraná e de Santa Catarina, a chuva foi irregular, ora ficando mais forte que o normal, ora mais fraca que a média histórica. Por conta da chuva mal distribuída, a primavera 2014 registrou algumas fortes ondas de calor, especialmente em outubro.