Semana de muita chuva na Serra Gaúcha

2015-04-10_190211

A semana será de muita chuva na Serra Gaúcha. A previsão é de quase 70 mm até sábado, dia 7, em Bento Gonçalves. A temperatura, em virtude da chuva, não deve subir muito. Até esta quinta-feira, 5, as máximas não devem passar dos 20°C, com mínimas de 7°C. No sábado, por outro lado, o tempo volta a abrir, com mínima de 13°C e máxima de 23°C.

O clima no segundo semestre
Em seu mais recente boletim, a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) manteve o prognóstico de encerramento do fenômeno La Niña no decorrer deste outono e neutralidade para o inverno 2018. Segundo o órgão, a temperatura das águas do oceano Pacífico equatorial ainda estão mais baixas que o normal e a atmosfera responde como La Niña.
Entretanto, em profundidade, áreas com águas quentes devem surgir ainda no outono em todo o centro e oeste do Pacífico. E, por consequência, decretar o término do atual fenômeno.
Já existe muita especulação para o aparecimento de um El Niño no segundo semestre que iria favorecer mais as lavouras do Rio Grande do Sul na safra 2018/2019. Em contrapartida, o Nordeste do Brasil teria um volume de chuvas menor.
A NOAA ainda trabalha com cenário incerto. Isto pela menor habilidade das simulações nesta época e pelo acontecido nos últimos anos.
Em 2012, 2014 e em 2017, três previsões de El Niño acabaram frustradas. O aquecimento não foi intenso nem duradouro suficiente para formação do fenômeno.
Em parte, o problema possivelmente está na Oscilação Interdecadal do Pacífico. Por conta dela, por um período de até 30 anos, observa-se maior frequência de La Niñas ou El Niños. As simulações foram concebidas no período positivo, onde era mais “fácil” aparecer El Niños.
A questão é que atualmente estamos sob fase negativa, com mais La Niñas. A comparação da Somar Meteorologia trabalha com o ano de 2012, cujo outono e inverno foram mais úmidos e com tardes mais frias que o normal. Para a primavera, não é possível afirmar que aparecerá um El Niño, mas é possível afirmar que, sim, o Pacífico irá aquecer.
A grande questão, no entanto, gira em torno do início do aquecimento. Se ele for tardio, como em 2012, o efeito poderá ser diferente do esperado para um El Niño “normal”. Naquele ano, por exemplo, a estação foi seca e quente no Brasil.