Semana da Consciência Negra comemorada com atividades culturais em Bento

2015-04-10_190211

Sessão de cinema, debates, palestras e panfletagens estão na programação

No dia 20 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, mas em Bento Gonçalves as comemorações começaram já nesta segunda-feira, dia 13. Nesta terça-feira, acontece a partir das 8h30 a palestra “Consciência e Cidadania”, com Augusto Bouças, na Sala de Cinema da Casa das Artes.
Na quinta-feira, dia 16, às 20 horas, UCS Carvi realiza no bloco J uma sessão de cinema comentado. Já, na sexta-feira, a partir das 17 horas, acontece uma roda de conversa na praça Walter Galassi. A programação se estende até o final de semana, quando no sábado, dia 18, acontece o Costelão no CTG Laços da Amizade. No domingo a partir das 15 horas uma ampla programação cultural na praça ao lado da Igreja Redonda. Na segunda-feira, último dia de atividades, acontece panfletagem na praça Vico Barbieri.

História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.