Secretaria de Saúde confirma três contaminações por H1N1

2015-04-10_190211
Apesar de uma paciente ter sido diagnosticada e internada em São Paulo, o setor de Epidemiologia contabiliza a mulher como uma terceira paciente, por ela ser de Bento Gonçalves.

Enfermeiro, responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, confirma que o vírus está circulando na cidade

 

O setor de Vigilância Epidemiológica confirmou dois casos positivos para o vírus Influenza A (H1N1) em Bento Gonçalves em 2018. De acordo com as informações divulgadas na quarta-feira (11), há um terceiro caso confirmado de uma mulher de 40 anos que é residente do município, mas que foi internada e diagnosticada em Guarulhos, em São Paulo.
O responsável pelo setor, o enfermeiro José da Rosa, comenta que os pacientes- uma criança de três anos e um homem de 29- já são considerados curados. “A criança ainda está internada por outros problemas de saúde que não são relacionados à gripe. O homem, conforme informações que recebemos, já teria sido liberado”, afirma. O profissional ressalta que é importante comunicar que o vírus está de fato circulando em Bento Gonçalves e que é preciso tomar alguns cuidados. “Não importa apenas a quantidade de casos na cidade, mas sim que o vírus está circulando por aqui e que há tratamento para ele”, pontua.
Rosa diz que já foram notificados no ano 22 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (quando o paciente com quadro gripal fica internado). “O caso é confirmado como H1N1 quando há o resultado positivo através do exame laboratorial da técnica RT-PCR. O exame não é feito em casos menos graves”, observa. “Alguém pode sair do hospital e um médico dizer que o paciente teve H1N1, mas essa contagem sem o exame não é válida”, salienta.

Influenza
Os vírus Influenza circulam mundialmente, como surto localizado ou regional, causando epidemias e pandemias (“Gripe Espanhola”/1918 e “”Influenza Pandêmica”/2009). A principal estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para o monitoramento dos vírus Influenza tem sido a vigilância dos doentes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). O objetivo é monitorar a circulação dos vírus Influenza e reduzir sua morbimortalidade, através da recomendação de medidas preventivas e da assistência adequadas aos indivíduos doentes.
A atividade dos vírus Influenza A (H1N1) foi detectada pela primeira vez em Bento Gonçalves em 2009, durante a pandemia da gripe. Naquele ano, foram investigados 368 pacientes com sintomas de gripe, dos quais apenas 17 haviam sido infectados pela cepa pandêmica. O vírus só voltou a ser detectado em 2013 (2 casos), em 2014 (1 caso) e em 2016 (5 casos). No ano passado, foram investigados 15 doentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, dos quais apenas um confirmou a cepa pandêmica do vírus Influenza.

Sintomas
O enfermeiro avisa que os sintomas da gripe são comuns a diversos agentes virais e bacterianos. Por isso não é possível saber apenas pela avaliação do quadro clínico, que uma pessoa gripada tenha sido infectada pelo vírus Influenza sazonal, pelo sorotipo A (H1N1), ou por qualquer outro tipo de vírus ou bactéria.
Ele orienta que todas as pessoas que procuram assistência médica nos serviços de saúde com sintomas de gripe sejam orientadas sobre as principais medidas protetivas: utilizar lenços descartáveis para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, ventilar os ambientes, evitar aperto de mãos, abraços e beijo social e reduzir contatos sociais desnecessários evitando ambientes com aglomeração e visitas a hospitais.

Campanha de Vacinação contra a Gripe
Em 2018, durante a Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus Influenza, foram aplicadas 22.137 doses da vacina em Bento Gonçalves, o que corresponde a 83,7% da população-alvo. Neste ano, a imunização protegeu contra três vírus: um vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09; um vírus similar ao vírus influenza A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2) e um vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013.