O indiciamento do Advogado Roger Bellé e seus comparsas pela Polícia Federal é, sem dúvida, um motivo para não desanimar neste Brasil de tantos “espertos”. O trabalho do delegado da Polícia Federal que puxou o fio da meada no caso desta série de crimes praticados contra os cidadãos e a União é louvável. É a mesma Polícia Federal que está sendo cerceada em todo o país, com cortes nas verbas para que paralise suas atividades e não investigue mais os políticos e os corruptos. É esta mesma Polícia Federal que não tem mais nem gasolina para fazer o patrulhamento nas rodovias, deixando o cidadão em risco.
O Governo Federal age em benefício próprio, quando tenta tirar a força e o poder de quem vai atrás dos grandes crimes, ao invés de ir atrás dos grandes devedores de impostos, que são os próprios patrocinadores de escândalos investigados pela PF. Os bancos, os grandes ruralistas e as megas indústrias figuram entre a seleta lista dos que recebem as benesses do perdão de dívidas ou o olhar benevolente, enquanto o médio e pequeno empresário é caçado para quitar alguns míseros impostos em atraso.
Enquanto alguns se beneficiam criminosamente, a sociedade se esfacela, os empregos desaparecem, a economia sofre e o governo sempre surge com a solução mágica na manga: aumentar os impostos, como anunciou o Ministro Henrique Meireles esta semana.
Se não há mais dinheiro para esbanjar, que aumentem os impostos, disse nas entrelinhas Meireles, em nome de Temer, parafraseando a francesa rainha Maria Antonieta, símbolo da futilidade real enquanto o povo estava na miséria.
“Se não têm pão, que comam brioches”
