Rompantes e falta de projetos

2015-04-10_190211

A greve de mais de 70 dias dos professores do Estado quase não surtiu efeito no palácio Piratini, que continua parcelando salários. Quem está correndo atrás do prejuízo são os alunos, principalmente do terceiro ano do ensino médio, que não vão conseguir absorver todo o conteúdo antes das provas do vestibular.
Dos mais de 40 professores que paralisaram em protesto ao parcelamento de seus salários, 12 ainda resistem entrar em sala de aula. A maioria, resignada com a penúria de um Estado mal administrado, voltaram às salas de aula, recuperando em sábados, os conteúdos perdidos pelos alunos. Pelo menos duas escolas de Bento Gonçalves estenderão o ano letivo de 2017 até a primeira semana de janeiro.
Nesta semana o Governo do Rs suspende a negociação com professores até todos voltarem para as salas de aula. Sartori chega ao fim de sua gestão sem apresentar nenhum projeto para a retomada do desenvolvimento e do crescimento do Rio Grande do Sul, acarretando perda de competitividade.
Mesmo com a obtenção da redução dos serviços da dívida, que governos anteriores não tiveram, ainda encaminha à Assembleia o orçamento do seu último ano de governo (2018) com uma receita insuficiente para a execução das demandas da sociedade gaúcha, deixando dívidas impagáveis aos seus sucessores, que irão comprometer mais ainda, as contas públicas.
O Governador segue superestimando a crise das finanças públicas, transferindo responsabilidades a antecessores. Assim, inibe reivindicações porque “o Estado está quebrado” e servidores, têm que receber o pagamento pingado dos salários com perdas pela inflação.
Lembrando que as promessas de campanha do Governador foram construir 60 escolas de turno integral, criar programa de formação para professores, criar centro poliesportivos, só para citar algumas na área de educação. Ficamos na promessa, pois nem para obras de reparo em escolas há verbas, como no caso da Escola Cecília Meireles que não vai receber alunos por pura fata de segurança;