Resgate da cultura do crochê em prol da solidariedade

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O projeto social “Pontos de Afeto” deu novo significado às peças de crochês produzidas por mães, avós e tias num passado onde essa arte era exposta com grande orgulho na maioria dos lares da serra gaúcha.

Por iniciativa de voluntárias como Beatriz Giovannini e Marilene Gerra, centenas de almofadas foram confeccionadas sob uma curadoria cuidadosa e já estão sendo comercializadas em benefício da Associação Bento-gonçalvense de Convivência e Apoio à Infância e Juventude (Abraçaí).

Para Beatriz esse é o espírito do voluntariado. Em 2019, enquanto a empresária arrumava algumas gavetas se deparou com inúmeras peças de crochês feitas por sua mãe e sogra, guardadas há anos com afeto. Assim, surgiu a ideia de confeccionar as dez primeiras almofadas que foram experimentalmente produzidas, mas rapidamente vendidas. “Escolhi a Abraçaí por entender que nela está o futuro de Bento Gonçalves. E quando você abraça uma criança, você constrói infinitas possiblidades”.

Em 2020 o projeto ganhou força e envolveu um número maior de pessoas que aderiram à causa, doando peças de crochê e tecidos para a produção das almofadas. Serão vendidas 120 unidades em estabelecimentos comerciais que se envolveram nessa corrente solidária.

Foram tantas doações que já temos material para mais três anos de Pontos de Afetos”, alegra-se Bita. A possibilidade de ajudar o próximo sempre foi genuína para Marilene e quando procurada, aceitou prontamente o desafio de confeccionar as peças. “Começamos o trabalho ainda em fevereiro. Recebia o tecido já com os crochês aplicados e então fazia a costura e o enchimento das almofadas. Foi um trabalho muito gratificante para mim”, relembra a artesã.

Para quem quiser contribuir com a causa, comprando almofadas únicas e que resinificaram as peças de crochês, a comercialização está acontecendo nas lojas Porta Azul; Lina Giacomello; feitoeneri; Acatê Modas e Porto dos Sonhos e na Jane Beauty.