Recompensas: funcionam ou não?

2015-04-10_190211
Não é raro que pais e mães recorram às recompensas no momento de convencer os pequenos, seja a arrumar o quarto, a ir ao dentista, a comer toda a comida, a tomar banho ou a ajudar em alguma tarefa

As crianças fazem a maior bagunça com os brinquedos, espalham todos pela casa e, depois da brincadeira, nada de querer guardá-los. Após muito insistir e conversar, a mãe ou o pai, em uma última tentativa, oferece m uma recompensa em troca da ajuda do pequeno. Um brinquedo, um passeio, algumas horas a mais de televisão ou de videogame ou, até mesmo, aquele prato especial que o filho tanto adora. Tentada e motivada pela possibilidade de receber o presente, a criança, então, ainda que a contragosto, decide colaborar com a arrumação. Possivelmente, todo pai ou mãe já passou por isso ou já presenciou alguma situação semelhante.
Não é raro que pais e mães recorram às recompensas no momento de convencer os pequenos, seja a arrumar o quarto, a ir ao dentista, a comer toda a comida, a tomar banho ou a ajudar em alguma tarefa. Muitas vezes, essa é uma alternativa, de fato, efetiva. Mas será que as recompensas são benéficas para o desenvolvimento dos pequenos?

Incentivo ou condicionamento
Assim como outros pontos na educação dos filhos, as recompensas dividem opiniões. De um lado, pais, mães e especialistas adeptos de métodos como o quadro de incentivo infantil, acreditam que a técnica é um estímulo e que ajuda os pequenos a compreenderem que tudo na vida tem consequências e que as coisas devem ser conquistadas. Por outro lado, tem quem acredite que as recompensas dificultam o desenvolvimento da autonomia da criança, podendo, ainda, conduzir a um conformismo e alienação dos reais motivos pelos quais se deve fazer determinadas coisas.
Rrecompensas são um tipo de reforçador do comportamento, porém, é preciso ter muito cuidado com o que se tornará uma recompensa, para não criar uma relação de dependência entre um e outro, por exemplo, só vou lavar a louça se eu ganhar X coisa. Reforçadores naturais se diferem daqueles que dependem de coisas materiais ou recompensas artificiais. Por exemplo, ao arrumar seu quarto, a criança pode sentir-se feliz por estar em um lugar organizado e em perceber que fez a coisa certa, já que é responsável pelo ambiente em que vive, mas primeiro isso deve ser algo de valor para esta criança – o que não se constroi com recompensas, mas com muita conversa e escuta, de acordo com cada família. Como alternativa aos reforços artificiais ou recompensas, a disciplina positiva aponta para a necessidade de uma educação pautada no exemplo e no respeito mútuo, levando em consideração as fases do desenvolvimento de cada criança.

Fonte: Leiturinha