Quer ficar cheio de raiva? durma pouco, conclui estudo

2015-04-10_190211

Pesquisadores norte-americanos realizaram dois experimentos que demonstraram relação direta entre noites maldormidas e maior irritabilidade

Se você está se sentindo muito irritado ou com raiva utimamente, saiba que essa sensação pode ser devido à falta de uma boa noite de sono. Pelo menos é o que sugerem pesquisadores da Academia Americana de Medicina do Sono, nos Estados Unidos. Em um novo estudo, eles viram que essas emoções estão diretamente ligadas à qualidade do descanso noturno. Os cientistas controlaram os registros diários do sono de 202 estudantes universitários, além de monitorar o estresse e a raiva de cada um. Após a análise dos casos, os resultados mostraram que os indivíduos relataram sentir mais raiva após noites em que dormiam menos do que o normal. Além desse experimento, a equipe conduziu outro teste envolvendo 147 pessoas. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um deles manteve sua programação regular de sono e o outro dormiu cinco horas a menos em duas noites. Após essa período, a raiva foi avaliada durante a exposição a um ruído irritante. Como resultado, os cientistas descobriram que indivíduos que dormiram melhor se adaptaram ao barulho e relataram menos raiva após dois dias. Em comparação, aqueles que dormiram pouco exibiram mais raiva em resposta ao ruído, sugerindo que perder o sono prejudica a adaptação emocional a circunstâncias frustrantes. “Esses dados são importantes porque fornecem fortes evidências causais de que a restrição do sono aumenta a raiva e a frustração ao longo do tempo”, disse, em nota, Zlatan Krizan, líder do estudo. “Além disso, os resultados do experimento diário sugerem que esses efeitos se traduzem na vida cotidiana, já que adultos e jovens relataram mais raiva em dias em que dormiram menos”.

O mundo está mais triste e cheio de raiva, afirma pesquisa

América Latina é o continente com mais países positivos, sendo o Paraguai o primeiro da lista considerado o mais feliz e positivo local do mundo.

Uma pesquisa revelou que o mundo está mais triste, nervoso e com medo do que nunca antes. Estas três emoções foram as mais citadas no estudo anual Global State of Emotions que ouviu mais de 151 mil pessoas em 140 países diferentes no ano passado. O levantamento, feito desde 2006 pela Gallup, concluiu que 40% das pessoas sentem muita preocupação, 30% estão estressadas e experimentam dor física constante, 25% se sentem triste e 22% com raiva. O país mais negativo do mundo é Chade, na África Central. Seguido por Nigéria, Serra Leoa, Iraque e Irã.
Por outro lado, a América Latina é o continente com mais países positivos, sendo o Paraguai o primeiro da lista considerado o mais feliz e positivo local do mundo. A pesquisa chegou também a conclusão de que 70% das pessoas experimentam diariamente algum tipo de alegria e sorriem pelo menos uma vez ao dia e 87% disseram se sentirem respeitadas. Depois do Paraguai, os países mais positivos são Panamá, Guatemala, México, El Salvador, Honduras, Equador, Costa Rica e Colômbia. Apenas a Indonésia, na Ásia, aparece no top 10 dos países positivos e não pertence à Am. Latina. “As pessoas na América Latina podem não ter as melhores vidas, mas elas sorriem e experimentam alegria como poucos lugares no mundo”, disse Jon Clifton, um dos redatores do estudo.
A pesquisa chegou a estas conclusões fazendo uma série de perguntas. Entre elas, se a pessoa se sente descansada, respeitada, se sorriu no dia anterior, se aprendeu algo novo, se sentiu feliz por algum momento nas horas recentes. Questiona também se teve os sentimentos feridos, dor física, se sentiu preocupação, tristeza, estresse e raiva.

O que há por trás das explosões de raiva?.

E tem a ver com sua vontade de proteger o que é importante para você

Sabe aquele ódio escaldante que bate quando a internet está lenta? Ou aquele impulso violento de buzinar no trânsito quando alguém fecha sua passagem? Pois esse fenômeno muito comum – a “explosão” de raiva – está sendo estudado. E pode até ser contornado. Em uma entrevista recente para o Science of Us, o pesquisador R. Douglas Fields explicou os motivos que nos levam a sentir essa raiva tão intensa. Em seu novo livro, Why We Snap: Understanding the Rage Circuit in Your Brain (“Por que explodimos: entendendo os circuitos da raiva em seu cérebro”, em tradução livre), Fields esmiuçou todas as causas que nos levam a “explodir” e agrupou-as em nove seções: integridade física, insulto, família, ambiente, sexo, ordem social, dinheiro, tribo e impedimento, esta última relacionada a tudo que nos tolhe, fisica ou psicologicamente, e causa a sensação de encarceramento. Sempre que nos sentimos ameaçados em qualquer um desses setores, é como se algo essencial para nossas vidas estivesse em risco – e nosso cérebro se prepara para a briga como meio de defesa.

“Todos temos esses ‘circuitos’ em nossos cérebros, porque os seres humanos se desenvolveram em uma natureza selvagem, em um ambiente em que sobrevive quem é o melhor. Nossos cérebros são os mesmos que tínhamos há cem mil anos. Mas nosso ambiente é totalmente diferente agora”, explicou Fields. É preciso entender que a “explosão” não é consciente e acontece muito rápido. Isso ocorre porque a parte do cérebro responsável por essas respostas é aquela que detecta ameaças e cria uma forma de responder a elas. Pense em alguém jogando uma bola para você: mesmo que esteja distraído, seu cérebro vai perceber a esfera em sua direção e preparar sua defesa em segundos, antes mesmo que você se dê conta disso. Vale lembrar que existe uma parte gigante do seu cérebro que se ocupa em perceber ameaças, externas e internas, e essas informações estão sempre alimentando seu cérebro – de forma totalmente subconsciente. A resposta física também é automática.

O mais curioso disso tudo é que o instinto responsável pela explosão de raiva que sentimos quando a internet não colabora é exatamente o mesmo que nos move a agir de maneira positiva e instantânea – como muitos atos de “heroismo” de pessoas que salvam alguém em risco e mal se lembram do que fizeram depois. “Esse instinto funciona maravilhosamente na maior parte do tempo. Às vezes, dá errado. E é isso que queremos controlar”, disse. E como controlar a raiva? O próprio Fields admite: tentar acalmar alguém nervoso, muitas vezes, só deixa a situação pior. “Mas identificando o que gera essa raiva, é possível virar o jogo”, explicou. Quando a pessoa se torna consciente de que este gatilho vem de um instinto ancestral, é mais fácil perceber que reagir raivosamente pode ser um exagero. “De repente, você percebe que isso não é motivo para briga – e o sentimento ruim vai embora”. Entender como alguma coisa funciona sempre é o primeiro passo para usá-la melhor e ter controle sobre ela. Vale o teste.