12 milhões de abelhas morrem contaminadas por agrotóxico no Estado
Cerca de 200 colmeias, com uma população estimada de 12 milhões de abelhas, foram dizimadas nos últimos dias de 2018, na Linha Progresso, localizada no município de São José das Missões, região norte do Rio Grande do Sul. Seis famílias de apicultores tiveram perda total em suas colmeias, uma de suas principais fontes de renda. Segundo os agricultores atingidos, a causa da mortandade foi a utilização indevida de um inseticida a base de Fipronil, em uma lavoura de soja da região.
O agroquímico Fipronil, amplamente utilizado nas lavouras de soja também contaminaram parreirais e mataram colmeias na região da campanha gaúcha
Não é o único vilão: todo e qualquer agrotóxico é letal para as abelhas. Com a população mundial de abelhas sendo dizimada, em poucos anos os agricultores vão ter que comprar tecnologia de polinização artificial. Além das mudas, sementes, estarão reféns também do processo de polinização, por pura e simples falta de abelhas.
Processo de polinização
A polinização é geralmente realizada por insetos, mais particularmente a abelha. Outros insetos polinizadores incluem vespas, formigas, borboletas e mariposas. Eles carregam o pólen em suas patas, e como eles coletam néctar de cada flor, um pouco de pólen em suas patas é depositado em cada flor que eles visitam.
Polinização manual
A polinização manual também pode ser realizada se as abelhas estão em escassez na sua área. Alguns produtores recorrem à polinização manual para estimular a produção de frutas. Recomenda-se colher flores de toda a árvore e então esfregar as flores colhidas contra os estigmas das flores ainda presentes. Outros usam pincéis para coletar pólen nas cerdas, assim como um inseto coletaria, e então transferem de flor a flor. É tedioso, mas pode salvar o dia.