Qual é o motivo da demora?

2015-04-10_190211

12 dias depois da operação do Ministério Público que constatou fraude em embutidos e venda de produtos alimentícios contendo bactéria letal (página 09 desta edição), surpreendentemente os produtos ainda encontram-se à venda em prateleiras de mercados locais.
Os supermercadistas estão, deliberadamente, colocando em risco a visa de seus clientes, já que foi amplamente divulgado pela imprensa sobre o crimes contra as relações de consumo e de adulteração de produtos alimentícios encontrados, depois de extensa investigação, na marca Aida Alimentos.
Os produtos considerados impróprios para consumo foram produzidos com até 38% de “carne mecanicamente separadas”, vulgo, carcaça de aves e suínos, além da adição de amido para aumentar o peso e ainda risco a celíacos, com a falsa indicação do selo “não contém glúten”. Carnes vencidas, rótulos com prazo de validade alterados já são motivos além da conta para que os comerciantes tomassem a iniciativa para retirar os produtos das prateleiras, sem contar com o risco real da bactéria Listeria monocytogenes, que é um agente biológico altamente nocivo, letal e com índice de mortalidade de 20% a 30%.
Questionado pela redação da Gazeta sobre a permanência os produtos ainda estarem nas prateleiras dos mercados locais, o Secretário de Saúde Diogo Siqueira argumentou que a operação não era de sua alçada (sim, é da Secretaria Estadual da Saúde) mas que iria verificar a situação e retornaria com um posicionamento. Estamos aguardando ainda…
Até os mecanismos da burocracia engrenarem e a determinação oficial chegar a todos os pontos de venda, os oito indiciados já devem estar livres da acusação de crimes contra as relações de consumo e de adulteração de produtos alimentícios e os consumidores em risco.