No mínimo suspeita esta pressa do Executivo em querer desarquivar o Plano Diretor, agora, no meio do escândalo do vazamento das declarações de oferecimento de propina para vereadores incluírem certas emendas.
O que estaria em jogo para o Prefeito Pasin se arriscar nesta decisão quase suicida, que não podia esperar uma semana pela decisão do Ministério Público de instaurar ou não uma investigação do caso?
O Plano Diretor- caso seja atendido o pedido de desarquivamento pelo Presidente da Câmara – continua de onde parou: no plenário para votação. O que se comenta pelos corredores da Câmara de Vereadores, e confirmado pelo Presidente Scussel, é o consenso entre os vereadores para retirar todas as emendas e votar o Plano Diretor de acordo com a versão aprovada pelo Complan.
Neste tumulto todo, onde todos professam a sua versão como verdade, estaria a instauração de uma CPI. O Presidente da Câmara nega veementemente alegadas declarações publicadas em periódico local em que confirmaria a abertura de CPI. Scussel explica que, pelo regimento interno, cabe ao Presidente da Câmara apenas acatar pedido de qualquer vereador, se este tiver – no total – seis assinaturas de seus pares, o que não existe ainda.
A próxima semana vai ser de muitas tensões: aguardar a decisão do Ministério Público da apertura ou não de inquérito, a decisão de Scussel em desarquivar ou não o Plano Diretor e, por fim, se seis vereadores assinarão o pedido de CPI do Plano Diretor.
Qual é a pressa?
