De acordo com o CPERS em Bento, até o início da tarde de segunda-feira (18), um terço das escolas já haviam anunciado a paralisação a partir de hoje (19)
Mais uma categoria, desta vez a dos professores estaduais está se mobilizando em protesto às medidas estruturais no funcionalismo público, previstas pelo pacote apresentado na última semana pelo governador Eduardo Leite na Assembleia Legislativa do Estado. A mobilização iniciou na quinta-feira (14), através de uma grande manifestação que reuniu mais de 20 mil servidores de 30 categorias do funcionalismo público do estado, que protestaram pelas ruas centrais de Porto Alegre até chegar em frente ao Palácio Piratini. Na ocasião, Helenir Aguiar Schürer, presidente do CPERS, fez um pedido ao conjunto do funcionalismo. “Quando alguém disser que tem pena dos professores. Não permitam. Nós somos professores com muito orgulho. Somos profissionais da educação com muito orgulho. Não merecemos pena, merecemos ter um governo que respeita esta categoria.”
Foi definido na manifestação que a partir de segunda-feira (18), a rede estadual de educação entraria em greve para além de cobrar o recebimento de salários em dia e reajuste, pressionar os deputados a rejeitarem integralmente as propostas de Eduardo Leite. De acordo com o Sindicato dos Professores Estaduais, entre os impactos provocados pelo pacote “está o achatamento da carreira, a perpetuação do congelamento dos salários e o confisco de dinheiro de aposentados (as) que recebem pouco mais de um salário mínimo, sem qualquer contrapartida para repor as perdas acumuladas”, expõe.
Em Bento
De acordo com a diretora do núcleo do CPERS em Bento, Juçara Borges, a entidade acredita em um grande apoio da maioria das escolas em Bento.
Após o contato com as escolas, verificou-se que no mínimo sete escolas de Bento já irão aderir a paralisação a partir de hoje (19), algumas em sua totalidade outras parcialmente. As demais ainda estão em fase de negociação e decisão com o corpo docente, que poderá decidir pela paralisação na quarta-feira (20).
Os diretores e professores demonstraram a preocupação em explicar para os pais, alunos e comunidade os motivos da grave antes das paralisações, por este motivo, todas as escolas funcionaram na segunda-feira (18), mesmo as que aderiram a greve. A representante do sindicato em Bento pede: “precisamos do apoio de todos, não somos nós que estamos contra a educação, pelo contrário, lutamos em defesa dos nossos salários mas também por uma educação cada vez melhor”.
Aderiram total ou parcialmente à paralisação
*É considerada adesão parcial quando um ou mais professores não aderiram à greve.
E.E. de Ensino Médio Imaculada Conceição;
E.E. de Ensino Fundamental Luiz Fornasier;
E.E. de Ensino Médio Mestre Santa Bárbara;
E.E. de Ensino Fundamental General Bento Gonçalves da Silva;
*Colégio Estadual Dona Isabel;
*E.E. de Ensino Fundamental José Farina;
*Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro;
*Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles – Com exceção de dois ou três professores de cada turno, conforme esclareceu a diretora.
Ainda estão decidindo
Colégio Estadual Landell de Moura;
E.E. de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Salette;
E.E. de Ensino Fundamental General Amaro Bittencourt;
E.E. de Ensino Fundamental Irmão Egídio Fabris;
E.E. de Ensino Médio Professor José Pansera;
E.E. de Ensino Fundamental Pedro Vicente da Rosa;
E.E. de Ensino Fundamental Maria Goretti;
E.E. de Ensino Fundamental Comendador Carlos Dreher Neto.
Não aderiram à paralisação
E.E. de Ensino Fundamental Professor Ângelo Chiamolera – A diretora Rosângela Ander, informou que só não irão aderir pois os alunos dependem do transporte escolar municipal, por este motivo as aulas devem acompanhar o calendário das escolas do município, sendo assim, caso aderissem a greve os alunos não teriam como recuperar os dias letivos e poderiam acabar perdendo o ano.
E.E. de Ensino Fundamental Ângelo Salton;
E.E. de Ensino Fundamental São Pedro.
Não conseguimos contato
E.E. de Ensino Fundamental São Valentim;
E.E. de Ensino Fundamental Anselmo Luigi Piccoli.