Presidente da Amesne fala sobre suspensão de cogestão para municípios e faz críticas à políticos

2015-04-10_190211

“Foi surpresa, mas vejo como uma medida ponderada porque o estado como um todo está passando um momento difícil e todos precisam unir forças,”disse José Carlos Breda sobre a adoção da bandeira vermelha.
O presidente da Amesne avalia o cenário de contaminações na pandemia dos últimos meses, “são várias questões: a eleição é uma delas, não tem como negar isso. Teve um certo relaxamento da população, como um todo. Até setores como supermercados podem ter contribuído. Já vi alguns que não tem mais controle. Por isso houve a proliferação e, como consequência, maior número de internações”, criticou.
Breda entende que o momento não é para encontrar culpados. “Todos nós somos responsáveis e agora não tem como atribuir culpa a A, B ou C. Também existe o fato de estarmos chegando ao final dos mandatos municipais.
A troca de gestões, secretários de saúde às vezes buscando outras ocupações – fazendo uma crítca ao secretário de saúde de benhto Gonçalves que abadonou o posto para fazer campanha eleitoral deixando a secretaria para o prefeito acumular o cargo -, isso é sério e pode também ter contribuído”, diz.
Questionado sobre os próprios políticos terem protagonizado aglomerações, Breda respondeu: “Os políticos são acusados de dar mal exemplo, nós defendemos que não houvesse realização de eleição agora. Então fomos acusados de queremos legislar em causa própria. Quem acreditou que não teria aglomeração foi o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e está aí o resultado! Esses não são questionados”.
Conforme Breda, com campanhas de prevenção ao contágio, é possível que os casos e internações reduzam a partir da semana que se inicia no dia 14.
“A expectativa é de que, se continuarmos a fazer o monitoramento, tenhamos uma redução significativa chegando a ocupação de leitos em 73%, 74% não na próxima semana, mas na seguinte”, afirma.