PIB do RS tem alta de 4% no primeiro trimestre

2015-04-10_190211

Desempenho da indústria moveleira e cultura da uva ajudaram no crescimento

A economia do Rio Grande do Sul manteve no primeiro trimestre de 2021 a trajetória de alta e registrou crescimento de 4% na comparação com os últimos três meses de 2020. Os desempenhos da Agropecuária (+35,7%) e da Indústria (+3,8%) no período puxaram o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o setor de Serviços teve variação positiva de 0,4%.

De acordo com o governador Eduardo Leite, os números são promissores e mostram uma clara perspectiva de melhora, mas ainda há muito a ser superado. O Brasil teve alta de 1,2% na mesma base de comparação entre janeiro e março. Os resultados do PIB do RS foram divulgados em videoconferência, na quinta-feira (10), pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Na Indústria, o segmento com a maior taxa de crescimento foi o de Eletricidade e gás, água e limpeza urbana (11,1%), seguido da Indústria de transformação (+4,7%) – a mais representativa do Rio Grande do Sul – e da Indústria extrativa mineral (+1,4%). Nos Serviços, cinco das sete atividades registraram alta, com destaque para o segmento de Intermediação financeira e seguros (+3%), Serviços de informação (+1,7%) e outros serviços (+0,6%).

1º tri 2021 x 1º tri 2020
Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a recuperação da Agropecuária, que sofreu com os impactos da forte estiagem no começo do ano passado, está entre os destaques. O setor apresentou variação positiva de 42,2%, fruto do aumento da produção nas culturas de soja (+74%), uva (+29,2%), fumo (+20,6%) e milho (+5,2%). Entre as principais culturas agrícolas do Estado, o arroz apresentou resultado semelhante ao do ano anterior (-0,8%).

Na Indústria, a alta em relação a igual período de 2020 foi de 10,5%, acima do avanço de 3% no Brasil. Entre as atividades do setor, o principal ganho foi na Indústria de transformação (+15,3%), que teve nos segmentos de Máquinas e equipamentos (+55,9%), Produtos de metal (+33,8%), Produtos do fumo (+29,5%) e Móveis (+22,5%) os percentuais de alta mais elevados. Ainda na Indústria de transformação, as atividades ligadas aos Produtos derivados de petróleo (-6,7%), veículos automotores (-5,2%) e produtos alimentícios (-1,3%) tiveram desempenho negativo.

O setor de Serviços foi o único a registrar queda na comparação com os três primeiros meses do ano passado (-2,4%), abaixo do resultado nacional (-0,8%). Os desempenhos de Outros serviços (-5,9%) e do Comércio (-2%) puxaram a baixa, enquanto os Serviços de informação (+2,9%), as Atividades imobiliárias (+1,8%) e Intermediação financeira e seguros (+1,6%) minimizaram a queda geral.

Considerando apenas o Comércio, duas das 10 atividades apresentaram crescimento: Material de construção (+24,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%). Os demais segmentos registraram queda, entre eles o de Hipermercados e supermercados (-6,9%), Combustíveis e lubrificantes (-22,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-51,1%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-33,7%).