Segundo estudo, doenças autoimunes podem abrir as portas para vários males neurodegenerativos
Atualmente, os casos de demência no mundo aumentam de forma alarmante. Segundo o Relatório Mundial de Alzheimer (disponibilizado em 2016) uma pessoa é diagnosticada com a doença a cada três segundos – e esses números devem triplicar nos próximos trinta anos. Agora, um estudo realizado na Universidade de Oxford, Inglaterra, encontrou evidências da relação de disfunções autoimunes com a demência.
Segundo a pesquisa, pessoas com Esclerose Múltipla, por exemplo, apresentam mais chances de desenvolver Alzheimer. O estudo coletou dados de hospitais britânicos entre 1998 e 2012, relativos a mais de 1,8 milhão de pacientes com uma das 25 condições autoimunes estudadas. Os indivíduos em questão apresentaram 20% mais risco de desenvolverem demência.
Um das doenças autoimunes que apresentou maior ligação com os problemas de memória foi a Esclerose Múltipla – que danifica os neurônios e compromete movimentos, cujos portadores mostraram um risco 97% maior de manifestar problemas cognitivos. Outra doença que foi relacionada com Alzheimer foi a psoríase (que causa irritações e descama a pele), com 29% de probabilidade de levar os pacientes a apresentar sintomas de demência.
Mas a pesquisa também trouxe uma boa notícia, mostrando que pacientes com artrite reumatoide demonstraram uma curiosa proteção contra os problemas ocasionados pelo Alzheimer. Segundo os médicos que conduziram o estudo, essa característica pode estar relacionada ao uso de anti-inflamatórios, que já foram relacionados anteriormente à redução do risco de Alzheimer.