Patrulha Maria da Penha apresenta resultados de violência doméstica em Bento Gonçalves

2015-04-10_190211

Entre os dias 21 e 25, a Brigada Militar está promovendo a “Semana de Combate à Violência Doméstica”, que visa capacitar os policiais militares que desenvolvem a Patrulha Maria da Penha. Durante a abertura do evento, na tarde de segunda-feira (21), foram apresentados dados de violência doméstica, atendidas pela Patrulha em 2019.
A Capitã da Brigada Militar, Estafanie Fagundes Gomes Caetano, apresentou os resultados da Patrulha em 2019, bem como o papel da equipe que atua em Bento desde 2015, enfatizando que o trabalho da Patrulha se difere muito do 190, já que atua a partir do deferimento da Medida Protetiva de Urgência poder judiciário.
O conceito de Patrulha Maria da Penha está definido na N° 2.23/2018 como: “Guarnição policial militar capacitada para executar ações do Programa de Prevenção à Violência Contra a Mulher, através de visitas regulares em dias e horários diversos às mulheres vitimas de violência doméstica familiar”.
De acordo com a Capitã da Brigada, as ocorrências com maior incidência em Bento, são de violência doméstica, representando em 2019, até o momento, 336 ocorrências atendidas. Seguido dos casos de perturbação ao sossego e acidentes com vítimas.
A Patrulha realizou em 2019, 181 visitas em atendimento a 141 Medidas Protetivas de Urgência deferidas pelo Fórum. De acordo com a Capitã, um dos maiores desafios enfrentados no dia a dia da Patrulha, é que cerca de 20% dos casos as vítimas não são encontradas, muitas delas inclusive por informar endereço e telefone errados.
O trabalho da Brigada Militar é feito em conjunto com a Delegacia da Mulher, o OAB, o Centro de Referência da Mulher que Vivencia Violência – REVIV e demais entidades engajadas na causa.

Ciclo da Violência
Aumento da Tensão
O agressor mostra-se tenso e irritado, humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos. A mulher passa a evitar conduta que possa provoca-lo e tenta justificar o comportamento violento.
Explosão
A falta de controle do agressor chega ao limite e leva ao ato violento. A mulher sente-se paralisada e impossibilitada de reagir.
Lua de mel
O agressor se diz arrependido e se torna amável para conseguir a reconciliação. A vítima se sente feliz pelos esforços e mudanças de atitude. Ate que a tensão volta e recomeça o ciclo.

Tenha um plano de segurança
Identifique um ou mais vizinhos com os quais você possa contar no caso de vir a sofrer agressão ou violência e peça para que eles chamem a Polícia, se ouvirem gritos ou qualquer sinal de conflito em sua casa.
Nos momentos de discussão ou conflito, certifique-se de estar em um lugar de onde possa fugir e de que não haja armas no local.
Tenha em sua mente um plano de fuga, um local que você possa ir em segurança e que o agressor não saiba onde fica.
Deixe em um lugar seguro cópias de seus documentos de identidade e de seus filhos, algum dinheiro, roupas e a cópia da chave de casa, para caso precise fugir rapidamente.

Como agir
Se for ameaçada ou estiver sofrendo agressão, saia imediatamente do local e ligue o mais rápido possível para a Brigada Militar.
Saia de casa com seus filhos e documentos pessoais, procure imediatamente a polícia.
O primeiro passo para acabar com a violência doméstica e familiar contra a mulher, é romper o silêncio.
Não esconda e nem silencie essa dor, denuncie!