Para Butantan, revacinação de idosos contra Covid-19 não é necessária

2015-04-10_190211
A CoronaVac apresentou uma taxa de efeitos adversos de 0,02%, o que confirma a sua segurança. Foto: Reprodução

Hipótese foi levantada por um estudo que demonstrou a queda da eficácia do imunizante em pessoas acima de 70 anos

Revacinação de idosos que tomaram a CoronaVac é desnecessária neste momento. É o que afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. A conclusão veio do estudo conduzido em Serrana (SP), que anunciou ter reduzido em 95% as mortes por covid-19 após vacinação em massa na população adulta.

A discussão sobre a necessidade de revacinação de pessoas com 80 anos ou mais ainda neste ano foi levantada por um estudo divulgado, no mês passado, que apresentava uma menor efetividade da CoronaVac em idosos mais velhos.

A pesquisa, realizada em parceria com especialistas estrangeiros, mostrou que a taxa de proteção da vacina cai conforme a idade, e varia de 61,8%, na faixa etária dos 70 aos 74 anos, a 28%, acima dos 80 anos. No grupo entre 75 e 79 anos, o índice encontrado foi de 48,9%.

Na maioria dos casos, portanto, o indicador foi superior ou muito similar à eficácia verificada nos estudos clínicos do produto no Brasil (50,7%). O artigo foi publicado na plataforma MedRxiv em formato pré-print, ou seja, ainda sem a revisão de outros cientistas.

“Têm surgido notícias baseadas em estudo de qualidade secundária que fala em revacinar idosos. Não. Os resultados que temos não indicam isso. Fiquem tranquilos, essa é uma das melhores vacinas disponíveis no mundo e que, agora, tem efetivamente mostrado o seu papel na imunização”, garantiu Covas.
Segundo o Instituto Butantan, a CoronaVac apresentou uma taxa de efeitos adversos de 0,02%, o que confirma a sua segurança.