Os sistemas de irrigação corretos para produção na agricultura

2015-04-10_190211
A Irrigação por microaspersão garante uma maior eficiência em comparação com a aspersão, pois os canos devem ser instalados a cada duas plantas

A agricultura é uma técnica que teve de ser adaptada com o passar dos séculos. Cultivar determinadas espécies fora de seu ambiente de origem e depender exclusivamente das chuvas fez com que o ser humano sentisse necessidade de uma maior independência, afinal, tal atrelamento aos rios era extremamente prejudicial para o desenvolvimento da agricultura.
Sendo assim, foi preciso descobrir formas de manejar a água e fazer com que a plantação drenasse lentamente, evitando que o excesso de água também prejudicasse o crescimento das plantas, além de garantir a água estocada por um tempo mais longo.
Chamamos de irrigação as técnicas que realizam esse manejo, proporcionam um melhor aproveitamento e evitam a dependência extrema das situações climáticas. Atualmente, a maioria das produções possui um sistema de irrigação próprio, utilizado para a irrigação de pastagens e canteiros, reutilizando águas das chuvas ou extraindo de lençóis freáticos de fácil acesso.
Alguns produtores se utilizam de produtos químicos para reduzir a dependência da planta em relação à água, no entanto, essas intervenções químicas prejudicam a organicidade do alimento e podem, muitas vezes, causar doenças em longo prazo. A presença de água em qualquer plantação orgânica é essencial, pois a água é responsável pelo crescimento saudável e pela qualidade do alimento.
Os sistemas de irrigação possibilitam que o produtor tenha um controle sobre sua cultura durante todos os processos de crescimento, desde as sementes até a planta já adulta. Assim como para os seres humanos, a ausência de água pode adoecer a planta e causar forte desidratação.
Em regiões áridas, com climas instáveis e até mesmo com excesso de chuvas, somente a irrigação proporciona ao agricultor orgânico o controle sobre o crescimento. Muitas vezes, associar a irrigação a sistemas de estufas fazem com que o desenvolvimento da planta seja ainda maior.

Irrigação por aspersão
O sistema de irrigação por Aspersão possui pequenas subdivisões, que dizem respeito à forma que a água atinge à planta, podendo ser por cima, por baixo, atingindo o caule em seu centro ou em estruturas circulares, os famosos sprinklers utilizados na irrigação de jardim. Esse sistema de irrigação proporciona ao produtor uma liberdade ao posicionar as mangueiras de irrigação, pois os canos devem ser utilizados a favor da planta ali cultivada.
Esse sistema possui uma alta taxa de evaporação, além de consumir grandes quantidades de energia. No entanto, dispensa o uso de filtros e não necessita de manutenção constantemente.

Irrigação por microaspersão
A Irrigação por microaspersão garante uma maior eficiência em comparação com a aspersão, pois os canos devem ser instalados a cada duas plantas. Os filtros utilizados nas mangueiras de irrigação da microaspersão são os filtros de discos, mais simples e que não necessitam de associação aos filtros com areia.
As tubulações suspensas protegem o cano de danos como enxadas e até mesmo evitando que seja pisoteado. O maior problema com esse tipo de irrigação é que, caso não seja instalado o filtro adequado, pode haver a entrada de insetos, entupindo um cano e prejudicando todo o sistema.

Irrigação pro gotejamento
O sistema de irrigação por gotejamento é ideal para a produção de frutas e vegetais, pois é um sistema de baixa vazão onde a água é depositada por um tempo maior. Com o gotejamento, a perda de água por evaporação é reduzida, proporcionando um melhor aproveitamento.
A instalação deve ser feita perto das raízes e é recomendada para plantações menores. Sua vantagem está em não lavar os nutrientes presentes no solo e poder utilizar fertilizantes associados à água, iniciando assim o processo de fertirrigação. Contudo, os fertilizantes químicos podem causar danos na plantação, recomenda-se o uso de adubos orgânicos para melhorar a qualidade da produção.